Durante muito tempo os famosos “lixões” – verdadeiras montanhas de lixo -, fizeram parte da realidade de muitas cidades. Esse tipo de área foi proibido com a implantação da lei de 2010 que instituiu a política nacional de resíduos sólidos, com isso criou uma necessidade de repensar o gerenciamento de resíduos. Com a implantação da legislação, o incentivo coleta de materiais recicláveis aumentou. Desde então, a reciclagem no país cresceu, segundo dados do CEMPRE (Compromisso Empresarial Para Reciclagem), contudo esse número ainda é baixo comparado com a quantidade de resíduos gerados. Diante dos dados uma pergunta vem à tona: Se o incentivo a coleta de materiais recicláveis e pontos de coletas aumentaram porque a adesão da população é baixa? A resposta é que a legislação foi um passo importante, mas não é o suficiente. É necessário repensar a educação ambiental e sua aplicação, não só para crianças, como para adultos. Entre a pessoa receber uma informação – seja ela de como a separação do lixo é importante, como separar o material, ou qualquer que seja -, e a consciência para gerar uma ação do indivíduo, há uma lacuna, que não será resolvida apenas com a implantação da legislação. Enquanto essa lacuna persistir, quantidade de lixo, ou verdadeiro ouro visto que grande parte desse lixo poderia estar voltando para a cadeia produtiva, continuará sendo encontrado pelas cidades descartado de forma incorreta.