Título da redação:

O que não suja, polui

Tema de redação: A relação entre a responsabilidade social e os resíduos urbanos no Brasil

Redação enviada em 26/11/2016

É inquestionável que a população brasileira vive um período de crescimento populacional. Concomitantemente com a realidade, o número de lixo produzido dentro das fronteiras também aumenta. Para tentar remediar o problema, o governo vem tentado criar legislações, tais como o Programa Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Entretanto, o agravo ainda persiste e continua a trazer problemas sociais e na saúde. Diante disso, cabe lembrar que o PNRS foi uma lei criada em 2010 pelo Governo Federal e com o objetivo de melhor controlar o correto destino dos resíduos sólidos no Brasil. Atualmente, pretende conscientizar nossa sociedade consumista de que é preciso reduzir, reciclar e reutilizar o lixo. Isso ocorreu porque dados do IBGE de 2008, por exemplo, estavam deixando claro a discrepante relação entre os resíduos produzidos pela sociedade e a capacidade adequada de municípios darem um correto destino à sujeira produzida. Tal programa governamental impacta positivamente o meio ambiente a sociedade porque, não só contribui para um desperdício menor, como também ajuda a manter a natureza preservada: um dos principais fatores para garantir a perpetuação da humanidade. Embora esse avanço na legislação tenha acontecido, ainda são muito diferentes aspectos como o descarte de lixo e o tratamento da água entre as regiões do país. O Norte brasileiro, que apresenta a maior proporção de crianças e adolescentes do país, convive com a realidade, na qual 67% dos domicílios não possuem redes de esgotos ou fossas sépticas. Diante disso, cria-se um preocupante problema social: os jovens da região tendem a ficar mais doentes por enfermidades infectocontagiosas. Sendo assim, faltarão mais a escola e, consequentemente, ajudarão a perpetuar as diferenças de qualidade de vida e preconceitos regionais. Diante dos argumentos aqui apresentados, é possível concluir que a efetiva amenização do impasse só será possível através do engaje conjunto de governo, empresas e população comum. Sendo assim, as escolas devem ser incentivadas pelos órgãos da educação a incluírem em seus currículos debates transversais, através de metodologias artísticas (teatro), a respeito da importância de descartar o lixo adequadamente e de não jogar sujeira em rios, por exemplo. Já as indústrias do setor privado, através das tecnologias computadorizadas, podem vigiar melhor o destino de seus dejetos e evitar que ocorram vazamentos de canos contendo produtos tóxicos sólidos em canais urbanos. No mais, é papel das instâncias governamentais não apenas atribuírem legislações, mas também exigirem de seus membros (prefeitos e governadores) as obras de saneamento e pontos de coleta seletiva nas cidades tão prometidas em épocas eleitorais. Só dessa maneira a vida será mais saudável e limpa.