Quando a Revolução Industrial chegou ao Brasil, houve um grande êxodo rural e, com a população concentrada nos centros urbanos, ocorreu não apenas um crescimento demográfico, como também um aumento na quantidade de resíduos urbanos. A carência de gerenciamento político e, sobretudo social é tamanha, que a ABRELPE registrou que de 2003 a 2014, a população cresceu em 6%, enquanto o lixo gerado aumentou em 29%. Estes índices evidenciam a necessidade de uma correlação de forças para reverter o cenário, haja vista que desde o início da urbanização brasileira até os dias hodiernos, a população perdeu o controle quanto à produção e descarte conscientes do lixo, bem como os Órgãos Públicos não têm atuado de maneira satisfatória em relação ao contingente de resíduos sólidos nas cidades. Nos últimos anos, a sociedade tem estado cada vez mais ocupada com compromissos cotidianos que se esquece de controlar melhor a quantidade de lixo que produzem. Além disso, são poucas as residências que fazem a separação do lixo, pois a maioria coloca resíduos orgânicos, papéis, plásticos e metais na mesma sacola para o descarte, fato que dificulta o recolhimento e reaproveitamento do lixo. Además, a falta de responsabilidade social quanto à problemática do lixo é grande e também está atrelada ao forte consumismo ( que gera desperdícios em muitos casos) e à escassez de consciência ambiental, afinal os valores sociais se modificaram em demasia, e a sociedade do capitalismo exacerbado é estimulada a consumir muito, gerando lixo em grande quantidade, fato que se torna um problema social e afasta a população da sustentabilidade. Claro está que a responsabilidade social escassa está diretamente relacionada à problemática dos resíduos urbanos no Brasil, todavia também há carência na participação política nesse cenário. Poucos são os centros urbanos que possuem containers distribuídos pelo Governo para a coleta seletiva. Além disso, não há investimento em políticas públicas para redução da quantidade de lixo. O senador José Serra certa vez disse: “Vou comentar o que sobre lixo? Lixo é lixo.” Ora, seria cabível que o senador, como também outros políticos, percebessem que o lixo é um dos grandes problemas que tange a sociedade, e que antes de políticos, são seres humanos habitantes de tal sociedade que geram lixo, logo também devem ter consciência. Assim sendo, é preciso que o Governo invista mais no programa Sou Resíduo Zero, por exemplo, como também em outras associações que atuam na melhor gestão dos resíduos urbanos. Órgãos Públicos devem investir na implantação de containers para coleta seletiva em todas as cidades que ainda não têm. As instituições de ensino, bem como estudantes e profissionais da área ambiental, devem promover conscientização de impacto por meio de palestras públicas e panfletos, ressaltando o gerenciamento dos resíduos sólidos nas residências, além dos cidadãos conscientes discutirem nas redes sociais caminhos para a sustentabilidade. Tamanho: 30 linhas exatas. Tempo total de escrita no rascunho e folha definitiva: 1 hora e 18 minutos.