Entre 2003 e 2014, a porcentagem do lixo urbano gerado cresceu 5 vezes mais do que a população brasileira. Isso se relaciona com o cenário das grandes cidades que apresentam poluídas de sujeira suas ruas e dessa forma a sociedade tem uma grande parcela de responsabilidade no fato de se dar um correto tratamento aos resíduos sólidos produzidos. O descarte incorreto de resíduos domiciliares gera graves consequências para a população. A poluição de mananciais, a proliferação de doenças, como a dengue, a transmissão de vírus, como o Zika, além da propagação de pragas, como ratos e baratas, causam transtornos à saúde pública. Desse modo é necessário haver mecanismos que propiciem um correto descarte para o lixo gerado nas casas, isso junto a uma sociedade civil conscientizada. Nesse sentido, os cidadãos funcionam como agentes fiscalizadores e, dessa maneira, constata-se a responsabilidade social da sociedade. Políticas públicas - sejam de limpeza, reciclagem ou reaproveitamento do lixo - não alcançariam um grau de eficiência satisfatório sem a colaboração da população. Logo, deve haver assim uma soma de ações entre o setor público, que deve apresentar serviços públicos de qualidade de coleta e limpeza urbana, e a população, a qual deve utilizar esses serviços de forma correta. Essa soma de esforços iria colaborar para que houvesse um equilíbrio entre o desenvolvimento urbano e a preservação ambiental, no que se refere à poluição por resíduos domésticos. Diante disso, o modelo implantado pela prefeitura de São Paulo com a implantação de Ecopontos (lugares espalhados pela cidade que servem como pontos de descarte de entulhos e lixo reciclável) deve ser incorporado pelas demais cidades brasileiras que apresentam problemas de excesso de poluição por lixo doméstico. Assim como o Governo Federal deve utilizar peças publicitárias na mídia como ferramenta de conscientização da sociedade, apresentando as consequências do descarte incorreto do lixo, como também instruindo a forma correta de se desfazer dele.