Ao longo do processo histórico, as matérias primas e seus resíduos não foram utilizados de maneira sustentável, a Revolução Industrial mostrou-se explicita nesse sentido. No Brasil, durante o Império, século XIX, o Estado negligenciou a manutenção e destino de resíduos nas cidades. Nesse contexto, evidencia-se que o problema com os resíduos urbanos e a sociedade estendeu-se e tornou-se constante atualmente, seja pelo limitado investimento governamental e privado, ou pela insensatez social. Em primeiro lugar, percebe-se que parco investimento público e privado contribui para o aumento dos problemas ambientais e de saúde da população. Desse modo, nota-se que a inadequada manipulação e destinação dos lixos urbanos proporcionam poluição do ar e doenças aos indivíduos – pela emissão de gás carbônico durante a queima do lixo e inspiração desse gás tóxico posteriormente. Além disso, sabe-se que existe a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, destinada a substituir todos os lixões do país por aterros sanitários, contudo, apenas 10% das cidades brasileiras cumpriram a norma. Diante do exposto, órgãos públicos e privados devem ampliar, efetuar e fiscalizar as normas existentes. Em segundo lugar, é notável a mínima contribuição social no adequado descarte dos detritos. Nesse sentido, sabe-se que nas residências constrói-se o reservatório único para descarte dos materiais e, assim, dificulta-se o trabalho dos responsáveis pela separação e destinação final dos resíduos; pois, é indiscutível que parte do lixo doméstico porta natureza diferente. Ademais, cabe ressaltar a imensa proporção de detritos que podem ser reciclados e reutilizados e, dessa maneira, contribui-se para um ambiente sustentável, logo, a propósito, ‘’Nada se perde, tudo é ganho’’, segundo o escritor Machado de Assis. Em suma, necessita-se de ações mutualísticas entre o Estado, sociedade e as instituições privadas, ambos atribuindo a lógica machadiana às novas atitudes. Sendo assim, pretende-se que o Ministério do Meio Ambiente e o poder privado ampliem, efetue e fiscalizem as normas existentes, proporcionando maior rigor aos nortes das manipulações e destinos finais dos resíduos, evitando-se, portanto, o comprometimento da saúde humana e do meio ambiente. Deve-se, ainda, incluir as esferas estaduais e municipais, incentivando a reciclagem e reutilização dos materiais urbanos, a partir da educação escolar e familiar, com programas, debates e conversações. Por fim, assumindo essa postura tudo é ganho, seja no governo, no privado, ou na sociedade.