A Busca Incessante pelo “Ter” e o Acúmulo de Lixo Com o início da Revolução Industrial no Brasil, entre 1930 e 1940, e consequentemente o impulso do capitalismo o consumismo tornou-se exacerbado. Isso gerou e gera até hoje um acúmulo exagerado de todo o tipo de lixo. Dessa forma os seres humanos começaram a ter uma inversão de valores e a ver o meio ambiente como apenas um lugar para satisfazer o próprio luxo. O Brasil, inserido em um sistema econômico com o objetivo em adquirir lucro, tem como usual o descarte imediato de qualquer produto. Após a Revolução Industrial, a Guerra Fria também nos impulsionou para uma aquisição em larga escala assim como a produção de lixo. Vive-se, atualmente, em uma sociedade liquida como sugere Bauman, a facilidade de compra e o apelo midiático trazem como resultado um grande acúmulo de lixo. Além da atual inconsciência das pessoas em diminuir o consumo e dessa forma diminuir o lixo, as redes comerciais vendem mercadorias com no mínimo duas embalagens- a da indústria e ainda uma sacola plástica- e imprimem propagandas desnecessárias sendo que hoje há recursos melhores um futuro mundo sustentável. Os homens em uma busca incessante em ter o que a mídia oferece despreocupam-se com qualquer outro tipo de objetivo. A exaltação de bens de luxo visam apenas o status social, o que ganhou força com o desenvolvimento do sistema capitalista, isso que o economista Thorstein Veblen chamou esse ato de “Consumismo Conspícuo”. No início do século XXI, conforme o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou que o Brasil descartava 228.413 toneladas de lixo por dia, resultado que aumenta com a não percepção das pessoas. Para a mudança dessas concepções o ideal seria que as prefeituras implantassem multas para os bairros que acumularem mais lixo que um número estipulado. O capitalismo impulsionou o acúmulo de lixo com o apelo pela compra. Com intervenções do governo como multas, as próprias comunidades iriam desenvolver ideias para a diminuição dos resíduos, como por exemplo mutirões de conscientização e reuniões dos próprios moradores para a resolução da problemática que não apenas é do indivíduo, mas de todo o planeta. Assim, com o desenvolvimento da responsabilidade social o lixo diminuiria gradativamente.