No livro “Intermitências da morte” de José Saramago, descreve a situação de um país fictício onde as pessoas param de morrer. De forma análoga à realidade do Brasil as pessoas estão vivendo mais, do mesmo modo que na obra esse fato implica em severas consequências para o sistema previdenciário. Portanto, é necessário que a previdência social passe por reformas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida no país aumentou nos últimos anos, sendo hoje de 75 anos. Fato que foi possível graças aos avanços da medicina e melhora da qualidade de vida. Dessa maneira, é compreensível que as pessoas trabalhem por mais anos e contribuam com a previdência, evitando uma deficiência econômica no setor. Ademais, a previdência registra um déficit de cerca de 150 bilhões, ainda com previsão de aumento. Contudo, se não houver reformas o sistema pode ficar insustentável, visto que o benefício depende dos trabalhadores ativos. Assemelhando-se a uma pirâmide, em que a base (os trabalhadores) conseguem sustentar o topo (os idosos), em razão disso, qualquer modificação na estrutura pode colocar fim ao benefício. Outrossim, o Brasil vai na contramão da maioria dos países que já fizeram mudanças nessa questão de seguridade social. Nações, como Alemanha, Japão e Estados Unidos possuem idade mínima respectivamente de 65, 65 e 66 anos. Demonstrando que essa pauta é uma preocupação mundial, que deve ser solucionada. Apesar de necessária, a reforma previdenciária é uma medida bastante impopular. Logo, deve ser discutida para que alterações sejam feitas priorizando a sociedade como um todo. Diante disso, é preciso que haja uma auditoria do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) avaliando a aplicação dos recursos. Além disso, a mídia e ONGs podem promover campanhas publicitárias e palestras sobre a importância da reforma para a sociedade brasileira.