O Brasil está envelhecendo. Nos últimos anos, com a melhoria da qualidade de vida da população, provocada pelo maior investimento em saúde e saneamento básico, a expectativa de vida do brasileiro foi de 75,5 anos em 2015. Nesse cenário, a reforma da previdência é necessária a fim de não comprometer as finanças do país. Embora necessária, a reforma não pode submeter o trabalhador a pagar todo o ônus do processo. Da forma prevista, o aposentado terá muito pouco tempo para usufruir do seu benefício. Além disso, após trabalhar por 49 anos, a saúde do trabalhador estará, no mínimo, comprometida. Ainda há um agravante, a expectativa de vida em alguns estados do nordeste é quase equivalente à idade mínima para se aposentar. Nesse sentido, para torná-la viável, é preciso adequá-la à realidade do povo brasileiro. Em uma perspectiva socioeconômica, a reforma apresentada tenta se aproximar das aplicadas em países desenvolvidos. Contudo, os índices econômicos e sociais do Brasil estão muito aquém da realidade desses países. Logo, a transição da idade mínima e o tempo de contribuição devem passar por um aumento gradual até chegar ao patamar que atenda a necessidade econômica sem comprometer a população. Ademais, é preciso ter equidade dentro da reforma, incluindo também políticos e militares, por exemplo, nas regras aplicadas aos trabalhadores. A reforma previdenciária, portanto, deve ser feita com responsabilidade social. Para isso, é preciso extinguir as regalias dadas a determinados segmentos de trabalhadores em detrimento de outros. Também é necessário que o povo acompanhe a reforma e exija de seus representantes que defenda os seus direitos conquistados. Assim, as medidas tomadas serão justas e eficazes