"O pai dos pobres", como era chamado o presidente Getúlio Vargas, foi o responsável pela criação dos direitos trabalhistas, dentre eles as férias remuneradas, a licença a maternidade e a reestruturação do sistema de aposentadoria. No século XXI, os trabalhadores brasileiros se deparam com a seguinte questão: a reforma previdenciária. Nesse contexto, seria, de fato, necessária essa medida? A proposta em questão exige, do trabalhador, 10 anos a mais de contribuição ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), a fim de aumentar o valor recebido pelo aposentado. Nesse sentido, a reforma deixará o beneficiário mais preparado financeiramente para gastos com saúde, alimentação e transporte, tendo, portanto, um ponto positivo. Por outro lado, para que esse benefício seja de fato aproveitado serão necessários muitos anos de trabalho, por exemplo, caso o trabalhador deseje receber 100% da aposentadoria serão exigidos 49 anos de contribuição, o que poderá provocar o desgaste físico do empregado, e, consequentemente, deixá-lo ainda mais suscetível a complicações de saúde como problemas vasculares, musculares e na coluna. Além disso, pesquisas apontam que mais da metade dos brasileiros não são favoráveis à reforma previdenciária. De acordo com muitos sociólogos do trabalho, como Durckeim, a insatisfação do empregado implica na execução do serviço. Dessa forma, caso seja aprovada, a proposta poderá diminuir a eficiência do trabalhador, devido ao seu descontentamento com o novo cenário. Portanto, o formato da reforma proposto pelo governo não é interessante. Mesmo assim, algumas mudanças são necessárias. Por exemplo, a contribuição mensal ao INSS pode subir para um valor que não comprometa financeiramente o trabalhador, mas possa servir para a melhora no valor da aposentadoria. Ademais, é preciso que os meios midiáticos divulguem as consequências dessa reforma, a fim de alertar a população que ainda não está por dentro do assunto.