Título da redação:

Planejar para não prejudicar os Brasileiros

Tema de redação: A reforma previdenciária em questão no Brasil

Redação enviada em 27/03/2017

As pesquisas populacionais da OMS apontam que nas próximas décadas o número de idosos triplicará e a taxa de natalidade irá diminuir. Essa situação provoca uma disparidade entre o número de aposentados e contribuintes ativos. Para isso, foi criada a Reforma na Previdência que vem sendo questionada por analistas econômicos e pela população. É preciso entender que essa mudança afetará negativamente muitos brasileiros e por si só não ameniza os gastos públicos. A Reforma Previdenciária tem como objetivo aumentar o número de trabalhadores ativos para controlar a economia, tendo em vista que aposentados e pensionistas apenas recebem sem contribuir. Essa medida trouxe mudanças insatisfatórias à população, como o aumento da idade mínima de aposentadoria para 65 anos e o tempo mínimo de contribuição para 25 anos. Contudo, a Reforma ainda não oferece 100% de aposentadoria, se a população busca esse direito, deve contribuir por 49 anos. Em contraste com essa medida, o trabalhador será explorado por muito tempo, assim como na Revolução Industrial, com a jornada de trabalho estendida em muitos anos e não mais em horas. Uma consequência negativa é a qualidade da produção, a exemplo do ritmo de um recém empregado comparado a uma pessoa que já deveria usufruir do seu direito social. Ademais, é injusto catalogar todas as profissões em um mesmo patamar. Segundo a coordenadora do PNUD, algumas pessoas próximas à pobreza seriam afetadas, pois sequer têm um emprego para fazer parte dessa Previdência. Por isso, não se pode acatar essa decisão sem pensar em todas as camadas sociais e começar a repensar meios para diminuir gradualmente os gastos públicos até as próximas décadas. Portanto, o Ministério da Fazenda, órgão responsável pelas medidas da Reforma, deve discutir junto ao Ministério do Trabalho questões que envolvam a economia e os interesses da população, para que ambos não sejam prejudicados. Simultaneamente, o Governo deve engajar a sociedade na escolha dessas medidas, com o intuito de escutar seus interesses. De modo geral, ainda necessita de ajustes, pois não garante melhora na economia, mas a participação popular pode dar outro sentido a esse impasse.