A Previdência Social foi estabelecida, após anos de mudanças, pela constituição de 1988 a fim de garantir proteção social aos trabalhadores contribuintes. Desde então, a cada novo Governo Federal, mudanças significativas vêm ocorrendo e o trabalhador, que antes se sentia seguro por ter seus benefícios e aposentadoria garantidos, teme, agora, por não os receber. Conforme informações veiculadas, a Previdência sofre um déficit bilionário, devido ao alto número de beneficiários e baixo número de contribuintes e, com base nessa deficiência e na expectativa de vida dos brasileiros, o Governo Federal apresentou novas modificações para a aposentadoria. Dentre as mudanças propostas está a mudança da idade mínima para a aposentadoria para 65 anos para ambos os sexos. A ideia é estender o período de contribuição, mas tal medida afetará principalmente a população economicamente ativa, uma vez que os jovens estão adentrando ao mercado de trabalho tardiamente, segundo pesquisa do IBGE, e a alteração contribuirá para que isso continue a ocorrer. Outra alteração proposta, diz respeito ao tempo de contribuição para receber a aposentadoria integral, que passará a ser de 49 anos. Considerando que, conforme o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro é de 76 anos, se uma pessoa começa a trabalhar com 18 anos, irá se aposentar com 67 anos e viverá, em média, mais 9 anos. Diante disso, não há espanto em dizer que a reforma proposta é impopular e causa indignação à população, como tem mostrado a mídia, pois considerando os números citados, o povo viverá para trabalhar e terá pouco tempo e saúde para colher o fruto de seu trabalho. Diante dessa situação e como disse Mário Sérgio Cortella, "a concordância faz com que permaneçamos estacionados, a discordância faz com que cresçamos", o Governo Federal juntamente com o Instituto Nacional de Segurança Social deve repensar uma nova forma de suprir o déficit da Previdência Social sem prejudicar o trabalhador. O reajuste da idade mínima será aceitável mediante o pagamento da aposentadoria integral. Outra questão a ser estudada, uma vez aprovadas as mudanças propostas, é a de escolha do trabalhador em contribuir ou não, com o INSS.