Título da redação:

Idade Tranquila

Proposta: A reforma previdenciária em questão no Brasil

Redação enviada em 30/03/2017

Diante das últimas notícias sobre a reforma previdenciária proposta pelo governo de Michel Temer, é intensificado o debate sobre a necessidade dessa. Segundo dados do INSS, o rombo na previdência chega a quase 150 bilhões, isso que é questionado por vários setores da sociedade como a AOB. No entanto, as mudanças não incluem militares e servidores públicos que juntos representam mais de 50% do déficit apresentado. Logo, a reforma proposta se mostra sem planejamento nesse ponto e em vários outros. Se a reforma for sancionada como está, o Brasil passará para o grupo dos países com a maior idade para se aposentar. Porém, todos os outros da lista, como o Japão, já são desenvolvidos e com alta qualidade de vida. Além disso, a expectativa de vida nas terras tupiniquins é menos de 75 anos, já na do sol nascente chega a mais de 85. Ou seja, se um brasileiro se aposentar com 70, idade bem provável tendo em vista o tempo para se completar a vida acadêmica, terá somente cinco anos de aposentadoria enquanto os japoneses têm quinze. Não bastasse, o futuro dos jovens pode ser ainda mais obscuro. Já que com a robotização eminente, vários setores tendem a acabar com vagas de empregos. Dessa maneira, trabalhos manuais vão acabando. Já os intelectuais, não têm tantas vagas, e também, existe a necessidade cada vez maior de se especializar em várias áreas do conhecimento, isso que não é necessariamente uma coisa ruim, mas num país tão desigual a tendência é só aumentar o abismo social. Nessa perspectiva, fica claro que a proposta de reforma previdenciária não deve ser aceita pelo povo. Porém, conforme dados apresentados fica evidente que mudanças para sanar o rombo devem ser feitas. Pose-se perceber, portanto, que o texto deve incluir militares e servidores públicos e extinguir as superpensões. Já uma idade aceitável, tendo em vista a expectativa de vida, seria 60 anos para ambos os sexos. Há também, a necessidade de que o Estado melhore a qualidade de vida do idoso, isso que em reflexo do Japão, pode ser feito com o incentivo a prática de esportes na velhice. Por certo, se tais medidas forem feitas o tombo será tapado e os brasileiros terão uma terceira idade mais tranquila.