O sistema que garante a remuneração dos trabalhadores brasileiros após a sua aposentadoria, a previdência social, nos últimos anos vem analisando as condições de natalidade e longevidade no Brasil e, por finalidade, passará por uma reforma. Mas será que vale a pena? Foi constatado que a população brasileira vem aumentando a sua longevidade e diminuindo a natalidade , com isso o país encontra-se em uma desvantagem, já que diminui o número de pessoas ativas no mercado e aumenta a porcentagem de aposentadorias. Assim, é aceitável a necessidade em uma reforma. Prova disto é que em 1997 os gastos desse setor foram de 0,3% do PIB e em 2017 está projetado para 2,7% do PIB. Analisando um outro lado, mais qualitativo, será que o aumento da contribuição e da idade mínima trará bons resultados? Não! Por condições e limitações biológicas de qualquer ser humano, não há condições de um trabalhador de 65 anos prestar serviços com a mesma aptidão que com 10 anos a menos. Apesar de aparentar ser pouco, uma dezena trás um desgasto físico, psicológico e emocional maior a esse servidor, afetando seus direitos como cidadão. Com isso, a reforma previdencialista é viável ao setor econômico do país, mas inalcançável para as condições humanas. Pode-se resumir a reforma na citação de Rousseau, em que o homem nasce livre, mas sempre será acorrentado a algo, nesta situação, será dependente a economia ou a biologia humana. Dessa forma, seria necessário a junção da sociedade e do Estado para reformular uma estratégia que beneficie ambos.