Idade mínima de 65 anos. 49 anos de contribuição. Fim da aposentadoria especial. Mesmas regras aplicadas as mulheres. Estas são algumas modificações das regras para aposentadoria que estão causando aflição nos trabalhadores. O deficit previdenciário está aumentando e, com isso é necessário que o governo tome atitudes para estancá-lo. A previdência tem como objetivo dar aposentadoria digna a quem trabalhou uma vida inteira. Em função da dificuldade de cumprir todos os requisitos para conseguir o direito de se aposentar, esta proposta é praticamente o fim da aposentadoria para os trabalhadores. Por isso é necessário ampliar o debate do tema antes da sua aprovação. Uma das consequências desta proposta é a continuação compulsória da contribuição, sendo que pequena parcela de trabalhadores irá gozar o benefício, pois apesar da idade de expectativa de vida no Brasil ter aumentado, poucas são as chances de um trabalhador conseguir emprego após os 50 anos, e menor ainda de poder usufruir a aposentadoria em idade avançada, pois não terá mais saúde após cumprir os requisitos. As mulheres possuem profissões iguais aos homens, e, ainda em muitos lares, são responsáveis pelas tarefas domésticos. Apesar das exceções, esta realidade justifica menor tempo de contribuição bem como idade mínima diferenciada, pois por cultura machista, elas realizam jornada dupla de trabalho, inclusive nos finais de semana. Também não se pode tratar igualmente trabalhadores os quais possuem diferentes exigências físicas em seus empregos, como um advogado e um pedreiro já que o primeiro possui um trabalho mais intelectual e o segundo mais braçal. Portanto, é urgente repensar o sistema previdenciário, pois em breve ou o Estado não honrará os benefícios ou será praticamente impossível se aposentar. É imprescindível debater com a sociedade a idade mínima elevada, o enorme tempo de contribuição, diferenças de classes trabalhadoras, jornada dupla feminina a fim de adaptá-los à realidade brasileira. Para isso, propõe-se realizar debates com os trabalhadores, audiências públicas com os responsáveis pela reforma, elaboração de estudos técnicos por especialistas, análise de casos de sucesso, a fim de tanto sanar o deficit quanto melhor definir as regras do futuro sistema da previdência. Afinal, um sistema previdenciário deve possuir recursos para pagar os benefícios e ser possível que os trabalhadores conquistem o direito de usufruí-lo quando se aposentam.