Como o Brasil está passando por um período de transição demográfica (está deixando de ser um país de jovens e se tornando um país de adultos) é natural que o governo volte sua atenção para o sistema previdenciário, já que, por volta de 2050, o Brasil será um país de maioria idosa. Diversos países o mundo desenvolvido, principalmente os europeus, já passaram por essa transição que o Brasil está passando agora, sendo esses, no momento, países de idosos. E para contornar o rombo da previdência (como é chamado quando o país gasta muito de seu PIB com a previdência) esses países fizeram reservas monetárias, ao contrário do Brasil que preferiu colocar como idade mínima para se aposentar 65 anos e aumentar o tempo de contribuição de 15 para 25 anos. Uma pesquisa do IBGE de 2016 revelou que em 2015 a expectativa média de vida do brasileiro era de 75,5 anos, portanto, é seguro afirmar que poucos serão os brasileiros que conseguirão 100% de aposentadoria, considerando que a maioria da população começa a trabalhar por volta dos 20 anos e começando com essa idade a aposentadoria só será aos 68 anos, ou seja, as pessoas terão, em média, apenas sete anos como aposentadas. É imperativa uma reforma no sistema da previdência, porém, aumentando a idade mínima e o tempo de contribuição não é a resposta. Deve ser feito no país o que foi feito nas nações europeias: reservar capital com base no número futuro de aposentados de forma com que cubra as despesas extras da aposentadoria, para que assim nem a população, nem a economia seja prejudicada quando a população idosa aumentar.