Recentemente, foi lançada pelo governo Temer uma proposta de reforma na Previdência Social. O INSS ocasionou um rombo na economia e o déficit em 2017 está estimado em R$ 181,2 bilhões. A crise previdenciária está ocorrendo porque o brasileiro está vivendo mais e a população jovem, que sustenta o regime, está diminuindo. Apesar de sua importância para a economia, a proposta apresentada tem sido alvo de muitas críticas. Um dos pontos da reforma envolve a idade mínima para aposentar e o tempo de contribuição. Caso seja aprovada, a idade mínima para aposentadoria será de 65 anos, ou seja, o brasileiro terá que trabalhar por um tempo equivalente aos trabalhadores de outros países que oferecem melhores condições de vida, o que não é justo. O tempo de contribuição será de 25 anos, mas para receber 100% do valor será preciso contribuir por 49 anos, o que prejudica pessoas com pouco poder econômico. A modificação também prevê que a regra seja a mesma para homens e mulheres (até então mulheres podem se aposentar com idade mínima inferior a dos homens). Essa determinação é injusta, visto que as mulheres enfrentam maiores dificuldades para se manter no emprego e muitas vezes possuem salários menores que os homens. Se o objetivo era gerar igualdade entre todos os brasileiros, por que os militares ficaram fora dessa reforma? Outro ponto da proposta que merece atenção é a proibição da acumulação de pensão e aposentadoria, que terá como consequência a queda da renda na velhice (período de maior gasto com a saúde). Para que o rombo econômico causado pela crise da Previdência seja solucionado, é necessário que o governo ofereça aos jovens cursos profissionalizantes, para que eles possam ser inseridos ao mercado de trabalho de forma rápida, suprindo as necessidades do regime previdenciário.