TRABALHO E EDUCAÇÃO. O número de crianças e adolescentes presentes no atual mercado de trabalho tem crescido de uma forma muito violenta e assustadora. Crianças e adolescentes de 5 a 17 anos são submetidos ao trabalho para ajudar a família na situação econômica ou simplesmente foram obrigados a entrar nesse meio por influência dos pais, que de certa forma, acham dessa maneira a mais apropriada para retirar os filhos do caminho da marginalidade e violência. De acordo com o gráfico mostrado pelo IBGE do ano de 2004, a região que apresenta a maior quantidade de jovens trabalhando nesta faixa etária é o nordeste, que corresponde a 42,2% da população, cerca de 2 296 milhões de jovens. Uma das possíveis explicações para isso é que o nordeste é a região que apresenta a maior quantidade de pessoas pobres do país, pois nessa região o terreno é semiárido e ocorre poucas chuvas no decorrer do ano, o que faz com que muitas pessoas acabam perdendo parte do seu meio de sustentação com a morte dos animais e plantações. Essa região também é marcada pelo início da colonização, apresentando ainda marcas de um período um tanto doloroso da nação que faz com que as crueldades daquela época sejam refletidas hoje, com a presença de uma população sofrida pelo tempo e pela escravidão . Este fato faz com que muitas crianças e adolescentes venham a ingressar ao mercado a fim de conseguirem dinheiro para que ajude no mantimento da família. O nordeste é caracterizado por apresentar grandes pobrezas, seca e fome e em algumas regiões o investimento na educação não é feito de forma correta o que leva também muitos jovens irem trabalhar por uma remuneração baixa, por não ter acesso a escola e acabarem desistindo por falta de incentivo tanto dos pais como do próprio governo. Alguns jovens são enviados para o trabalho pelos pais para que eles não se envolvam em marginalidades, pois segundo muitos, ‘Mente vazia é oficina para o mal’, e o fato de estar trabalhando e longe do ócio e de má amizades, irá impedir que muitos jovens se tornem delinquentes. A segunda região com o maior número de trabalhadores jovens é a região sudeste. Essa região é caracterizada pelo grande fluxo de comércios e grandes empresas que acabam preferindo pela mão de obra de um criança, pois o custo é mais baixo por mais que ela não tenha uma formação. O trabalho que deve ser executado por ela é ensinado e aprendido com muita facilidade, fazendo com que o jovem apresente o conhecimento, porém, não tenha um reconhecimento monetário devido. Essa região também apresenta um índice muito alto de criminalidade e violência o que leva a preferência dos pais, que em sua maioria ambos trabalham para conseguirem sustentar a casa, que os filhos ingressam no mercado não tanto pela salário, mas também para manter a distância do meio marginal que os cerca. Alguns desses fatores podem ser evitados pela intervenção do governo. O investimento em educação e acessibilidade para todas as classes sociais, com a ajuda do governo em mais meios de transporte exclusivos para os estudantes e condições para a escola em ensino e estrutura, faz com que os pais se sintam mais seguro em colocarem o seu filho na escola. A proporcionalização de auxílios para as pessoas que apresentam mais carência financeira e o investimento nos jovens com projetos educacionais que visam melhorar o conhecimento e a qualificação da pessoa ao ingressar futuramente no mercado, como por exemplo, se a região possui uma maior quantidade de terras e pecuária, o investimento em tecnólogos como os das instituições nas capitais seria uma ótima forma para a melhor qualidade do serviço futuramente. A criação de projetos educacionais que chamem a atenção de jovens tanto das áreas urbanas como rurais e proporcionar o acesso a todo o público que tiver interesse. E o incentivo aos pais, lhes explicando qual a importância de uma boa formação, o que é desconhecido por alguma parte da sociedade. Criar leis e aumentar o número de fiscalizações nos estabelecimentos que visam a punição de locais que apresentem menores em trabalhos, e com encaminhamento para o conselho tutelar para o interrogatório dos responsáveis.