Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A realidade do trabalho infantil no Brasil

Redação enviada em 22/05/2018

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes. Contudo, na sociedade brasileira atual, percebe-se a não efetivação de tal lei, prejudicando a juventude de inúmeros menores e fazendo do trabalho infantil um problema a ser resolvido. De início, notam-se razões históricas para o trabalho infantil. Isso porque, na época da primeira revolução Industrial, homens, mulheres e crianças atuavam em situações precárias, na maioria das vezes em fábricas, para a obtenção de sustento. Assim, difundiram um ideal de normalidade do expediente infantil, que por ter sido tão impulsinado no Brasil, ainda persiste. Consequêndia disso é o enorme contingente de menores que trabalha vendendo objetos e alimentos em semáforos e nas ruas, que é visto como algo corriqueiro por motoristas e pedestres, sustentadores de tal comércio. Consequentemente, pela banalização do serviço de crianças e adolescentes, os pequenos têm sua vida e educação comprometidas. Segundo pesquisa do IBGE, há, aproximadamente, 5,4 milhões de menores de idade trabalhando no Brasil. Tal minoria, por permanecer grande parte do tempo nas ruas ou em ambientes de trabalho, acaba não se dedicando aos estudos e privando-se da infância, fato que prejudica diretamente a construção de uma vida adulta e saudável e que, muitas vezes, apenas perpetua o ciclo da pobreza familiar. Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Educação, juntamente com os Conselhos Tutelares regionais, deve direcionar boa parte do dinheiro de impostos para a criação de um programa que institua cursos e gincanas nas escolas, permitindo às crianças que permaneçam uma maior parte do tempo no ambiente escolar, garantindo uma infância longe da exploração do trabalho. Urge também que o Ministério da Cultura, com ajuda de subsídios do governo, crie campanhas educativas, de fácil acesso a todos e com linguagem acessível, que enfatizem a importância da educação na vida de crianças e que condene a banalização do trabalho de menores. Só assim, gradativamente, esse problema histórico será resolvido e uma sociedade mais cidadã será formada.