O trabalho infantil faz parte do dia a dia do brasileiro. Não é raro encontrar nas grandes cidades crianças nos sinais de trânsito vendendo doces ou fazendo malabarismos para conseguir alguns trocados. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2007 havia cerca de 4,8 milhões de crianças trabalhando. Segundo dados mais atuais, esse número caiu muito, mas o trabalho infantil não deixou de ser um desafio para o Governo e o povo brasileiro. Crianças e adolescentes de baixa renda são os mais afetados, pois precisam trabalhar para sobreviver. Muitos destes até mesmo largam a escola para se dedicarem exclusivamente ao trabalho, ato este que leva não somente à sua desvalorização no mercado de trabalho, mas também à perda de experiências que o fariam um cidadão consciente, participativo e produtivo. Pensando neste e em diversos outros problemas resultantes da pobreza, o Governo Federal iniciou projetos sociais como o Bolsa Família e o Pronatec, que visam uma redistribuição de renda e auxiliam com dinheiro e educação profissionalizante, respectivamente, diversas famílias a saírem da pobreza. O resultado, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), foi uma queda de cerca de 58% na quantidade de crianças trabalhando no Brasil. Deste modo, fica claro que uma das maneiras mais eficazes de se combater o trabalho infantil é oferecer condições básicas de vida para famílias de baixa renda, além de proporcionar uma boa educação profissionalizante a estes, para assim tornar possível que a criança não trabalhe e possa valorizar sua mão de obra através da educação, contribuindo para a construção de uma sociedade cada vez melhor.