Desde a 2º Revolução Industrial, as crianças são exploradas nos grandes centros urbanos pelo trabalho infantil. Esse trabalho não regulamentado e ilegal fazia com que os empregadores pagassem ainda menos. Diante dessa situação, o governo brasileiro se posicionou proibindo o emprego infantil e criando órgãos de fiscalização. Contudo, essa prática ilegal continua a existir nas margens da sociedade e precisa ser combatida pelo Estado. E é nesse contexto que surge um cenário de desigualdade. Nas ruas do país crianças são exploradas, obrigadas a exercer um ofício para garantir a sobrevivência. Dessa maneira, elas gastam o tempo em que deveriam brincar e estudar se fadigando, consequentemente, não vão à escola e suas possibilidades de melhora de vida são significativamente reduzidas. O conceito de liberdade definido por Kant afirma que o indivíduo é livre quando avalia moralmente e pode escolher seus atos. Entretanto, quando a criança é obrigada a trabalhar para se manter viva não há liberdade, pois, a opção de escolha é nula. Ainda assim, há quem defenda e acredite na ideia de meritocracia, ou seja, que para progredir socialmente apenas o mérito é o bastante. Mas, esse modo de pensar desconsidera que em um meio desigual, uma conquista exige mais ou menos esforço de uns que de outros. Compreende-se a necessidade da promoção de um cenário mais igual para que a possibilidade de melhora de vida e acesso á educação seja real para todos. Portanto, o Estado deve fornecer assistência para todas as crianças que são escravizadas pelo trabalho infantil. Isso deve ocorrer com a criação de programas e associações, as quais devem ajudar financeiramente e se preciso fornecendo um lar a essas crianças. Além de fiscalizar a presença delas nas escolas, como ocorre no programa Bolsa Família, porém, de modo mais específico.