Crianças e adolescentes são vítimas de inúmeras brutalidades em nossa sociedade. Abuso sexual, agressões físicas e psicológicas e abandono fazem parte de um imenso leque de atrocidades que o público infanto-juvenil sofre. Entre elas está o trabalho infantil, que embora seja combatido, ainda existe. Atualmente no Brasil existe a possibilidade de pessoas de 14 anos trabalharem na condição de aprendizes. Porém, mesmo neste programa, no qual na teoria os jovens deveriam aprender, há exploração. Já que pela falta de fiscalização algumas empresas aproveitam-se desses indivíduos sem instrução para realização de trabalhos abusivos, que prejudicam a saúde desses adolescentes. Mas o problema é ainda pior, visto que, segundo o Guia Infantil, cerca de 4,8 milhões de crianças e adolescentes da faixa de 5 a 17 anos trabalham, e em situações totalmente ilegais. Com isto percebe-se que além da falta de fiscalização há outro fator que potencializa o trabalho infantil: a desigualdade social. Assim, famílias que estão em situação de extrema pobreza ficam sem saída, e ao invés de seus filhos estudarem só possuem com opção o trabalho. Então já se torna notável que a realização dessa prática ilícita e totalmente prejudicial aos jovens é consequências de outros problemas como a permanência de muitas pessoas na faixa da miséria. Logo, é necessário que haja maior fiscalização por parte do ministério do trabalho, para que as condições legais como a do programa de aprendizes sejam respeitadas. Além de que o governo federal deve aumentar o investimento de programas como o Bolsa Família e exigir que as famílias atendidas por ele tenham seus filhos nas escolas, fazendo com que esta parcela populacional pare de trabalhar e se passe a estudar e brincar.