Título da redação:

Infância roubada

Tema de redação: A realidade do trabalho infantil no Brasil

Redação enviada em 06/07/2017

Um dos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente afirma que é dever da família, de toda comunidade e do poder público assegurar os direitos civis de toda criança e adolescente, isso inclui o direito a educação, saúde e liberdade. Contudo, a realidade é um pouco diferente. Nem todas as crianças são beneficiadas com essa lei, muitas delas, ainda, amargam uma triste realidade: a do trabalho infantil. Privadas desde cedo de um futuro e de sua inocência a criança se vê forçada a trabalhar para ajudar no sustento de sua família. O trabalho infantil possui raízes históricas, tanto no brasil quanto em outros países. A revolução industrial, ocorrida na Inglaterra no século XVIII, e a industrialização brasileira, no século XX, são dois exemplos de situações em que mão de obra infantil foi utilizada em larga escala. Com crianças trabalhando em condições extremamente precárias e com uma longa carga horária, sem quaisquer direitos e muitas vezes com salários baixíssimos. Não haviam leis trabalhistas naquela ocasião que impedissem essa situação. Embora tenha diminuído, o trabalho infantil ainda impera em grande parte do Brasil, principalmente nas regiões mais pobres do Norte e Nordeste. Segundo o IBGE há, hoje no país, cerca de 3,7 milhões de crianças trabalhando. A grande maioria em condições de escravidão, com pouquíssima ou nenhuma remuneração. Esses jovens, muitas vezes, não possuem escolha, tendo que abdicar da escola e da sua infância em prol de seus familiares, pois vivem em condição de pobreza extrema. Com isso acabam em locais de trabalho insalubres e abusivos, que não possuem regras trabalhistas. Esse tipo de situação prejudica o amadurecimento da criança e o sua formação como cidadão. Enfim, essa realidade não é fácil de ser alterada. Portanto, a comunidade deve se unir para confrontar esse problema, ademais o Governo deve criar e implementar programas socioeconômicos para auxiliar as famílias dessas crianças e dar uma possibilidade de um futuro melhor. E, também, é necessário a participação do poder público aliado aos sindicatos locais e ao Ministério do Trabalho para fiscalizar e punir severamente, com multas e embargos, empresas e fabricas que se beneficiam de alguma forma com a exploração do trabalho infantil. Talvez assim nossas crianças possam sonhar com um futuro melhor.