Título da redação:

Heterogeneização Social

Proposta: A realidade do trabalho infantil no Brasil

Redação enviada em 24/02/2016

Há precedentes de trabalho infantil no Brasil desde o início do processo de colonização das terras sul-americanas por povos europeus no século XVI. A imposição e sobreposição de uma nova cultura culminou no choque de valores e na divisão intensa de classes sociais de acordo com aspectos étnicos e religiosos. A partir de estudos detalhados e estatísticos, constata-se que como principal alvo do trabalho infantil se encontram as camadas menos privilegiadas da sociedade, as quais são desprovidas e privadas de direitos básicos e fundamentais – como educação e saúde – previstos na Constituição Federal Brasileira de 1988 e afins. Os índices de trabalho infantil são mais elevados no setor agrícola, onde encontram-se as principais formas de subsistência do país, como também a classe ruralizada carente, cuja influência na sociedade é restrita e muitas vezes ignorada. Práticas preconceituosas por parte de grupos elitistas cooperam com fatores de desigualdade, prejudicando o desenvolvimento individual e coletivo. A violação dos direitos humanos ainda se faz presente na sociedade contemporânea, carregando traços históricos indesejáveis ao bem-estar da população. A maior implantação e abrangência de políticas públicas orçamentais, bem como a expansão ao acesso à informação são primordiais para a remediação da discrepante situação informal de trabalho. Levando-se em consideração a demora do poder público em atender demandas elevadas que infringem a ordem legislativa, a atuação de ONG’s (Organizações Não-Governamentais) como mediadoras das reivindicações seria de extrema importância, de maneira a facilitar a comunicação com órgãos superiores específicos e mobilizar uma camada mais ampla da sociedade em geral.