O trabalho infantil é um mal que, após a Revolução Industrial, intensificou-se no mundo contemporâneo. No Brasil, o impasse está diretamente relacionado ao histórico-cultural de parcela da população e à desigualdade econômica existente em nossa sociedade. Primeiramente, deve-se ressaltar a cultura histórica do trabalho juvenil existente, principalmente, no Nordeste. Apesar de a labuta ser um meio para dignificar o indivíduo, crianças não podem ter sua infância tomada por conta disso. Muitas famílias nordestinas, por exemplo, têm em mente que o filho, ainda muito jovem, deve aprender a trabalhar, de forma a fazer o mesmo serviço do pai na lavoura. O número de pequenos que trabalham nessa região ultrapassa os 42%, segundo pesquisa realizada pelo jornal ''O Globo''. Além da questão cultural, existe também a desproporção econômica no Brasil. Famílias menos abastadas sentem muita dificuldade devido à falta de dinheiro para comprar roupas e até mesmo alimentos. Com isso, a criança se vê, muitas vezes, na obrigação de ajudar com as despesas da casa e acaba por arrumar um emprego. O pai e a mãe, ou os responsáveis, deixam que isso aconteça, uma vez que não há outra saída para a condição financeira em que se encontram. Dessa forma, pode-se dizer que, para resolver a problemática do trabalho infantil no Brasil, o Conanda deve promover palestras em todo o país, com destaque à região nordeste, de modo que os familiares sejam orientados a não incentivarem o filho a trabalhar ainda criança, mostrando os esportes e a arte com possíveis alternativas. Ademais, o governo deve disponibilizar mais oportunidades de emprego com boas remunerações aos necessitados. Para tanto, obras de infraestrutura poderiam ser lançadas por todo o Brasil, as quais, além de melhorar o setor social, melhorariam o setor econômico, ao passo que mais vagas de trabalho seriam ofertadas.