O trabalho infantil é um assunto muito discutido no Brasil. Isso é relevante, uma vez que, essa forma de serviço ainda ocorre no país, embora seja proibida por lei. Nesse sentido, dois aspectos são primordiais: a inclusão das famílias pobres no meio social e o aumento na fiscalização de empresas pelos auditores fiscais. A pobreza é um dos fatores que estimula o trabalho infantil, visto que, as crianças de famílias pobres param de frequentar as escolas e de se divertirem para ajudar a complementar a renda do seus pais. Nesse contexto, no município de João Câmara interior do Rio Grande do Norte, grupos familiares sobrevivem com a ajuda dos menores na produção de castanha de caju. Na região, os adultos aprenderam desde a infância a trabalharem nisso, hoje, transmitem os ensinamentos para os seus filhos. Ambos não sabem ler e escrever, em consequência do abandono aos estudos. Essa situação justifica a urgência no combate ao trabalho infantil, uma vez que, as crianças pobres perdem seus direitos estipulados por lei. Portanto, para que as famílias sobrevivam sem a colaboração dos meninos, é importante que elas sejam incluídas no meio social, com a ajuda do Estado, das empresas privadas e do Sebrae. Nesses casos, as instituições aproveitam da situação de pobreza das pessoas para adquirirem lucros através da mão-de-obra barata do trabalhador infantil. Normalmente, elas são companhias internacionais que possuem unidades no Brasil, por exemplo, a Brooksfield. Ela contratou fornecedores que utilizam do trabalho de menores na região de São Paulo. Apesar do Estatuto da criança e do adolescente proteger esses meninos e meninas, de modo a estabelecer a eles direitos, dentre esses o lazer e o aprendizado, a falta de mais fiscalização nas empresas dificulta o cumprimento das normas. Esses acontecimentos denotam à necessidade de medidas serem realizadas no combate ao trabalho infantil. A partir do exposto, conclui-se que as famílias sem condições financeiras se utilizam da mão-de-obra dos seus filhos menores de idade. No entanto, para que elas sobrevivam sem a colaboração deles é necessário a ajuda de terceiros. No caso dos castanheiros, o Estado, as empresas privadas e o Sebrae deveriam formar parcerias, de modo que, o Estado e as empresas forneceriam as máquinas que torraria e quebraria o fruto, e o Sebrae ajudaria a qualificar esses trabalhadores. Além disso, o Poder Público deveria contratar mais auditores fiscais, assim, aumentaria a fiscalização nas empresas.