O Brasil, a despeito de ter conquistado o posto de sexta maior economia mundial, permanece apresentado contrariedades que não se coadunam com tal status. A triste realidade do trabalho infantil tem origem na miséria - também, principal responsável pela desagregação familiar. Assim sendo, faz-se necessário o esforço conjunto de sociedade e poder constituído, a fim de reverter esse quadro. A dura realidade a que que são submetidas às crianças brasileiras - está centrada, principalmente, nas precárias condições sociais de suas famílias. Crianças, pertencentes à esse tipo de grupo familiar, na grande maioria, veem-se obrigadas à execução de trabalhos, esses em sua quase totalidade não oferecem condições salubres - pelo contrário - passam a ser diariamente vítimas de atos de violência, seja moral, seja sexual. Trata-se, de vergonhoso problema presente no cenário nacional - ou que, pelo menos devia sê-lo. É notório, que a miséria é majoritariamente, a principal responsável pela persistente existência de índices de trabalho infantil no País. Muito já se avançou, no entanto, é possível avançar muito mais. Medidas efetivas, devem ser adotadas - a exemplo - a implantação de projetos que fortaleçam a base educacional das famílias carentes. Nesse contexto, avanços na atual realidade das crianças brasileiras - não serão factíveis, sem a melhora dos níveis de escolaridade de suas famílias, tendo em vista que, a educação é o melhor caminho para ascensão social e manutenção de status. Fica evidente, portanto, que só é possível combater o trabalho infantil, agindo diretamente na raiz do problema - a miséria. A criação de novas e revisão das existentes diretrizes do Plano Nacional da Educação Brasileira é uma saída, na qual, deve-se, acrescentar a obrigatoriedade da extinção das taxas de analfabetismo, assim, assegurando direito constitucional básico aos cidadãos - a educação. Por conseguinte, ao se ter país dotados de base educacional sólida, esses, serão capazes de melhor amar e ensinar seus filhos, pressuposto, essencial, no estabelecimento de união parental e à erradicação do trabalho infantil, haja vista que, segundo Paulo Freire, "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."