A série 13 Reasons Why, de Brian Yorkey, aborda um dos assuntos com maior destaque na sociedade atual: o suicídio. Uma das ideias principais abordadas na série, que retrata as razões pela qual a adolescente Hannah Baker tirou sua própria vida, é que a jovem fictícia não é um caso de verossimilhança interna, mas sim uma representação da grande problemática que encontra-se em progressivo aumento no século XXI. Nesse contexto, é evidente a necessidade de maior preocupação e abordagem do tema, que ainda é de mínima eficácia no país. É certo afirmar que, na maioria dos casos, atrás do ato extremo, encontra-se um histórico de tentativas falhas do indivíduo na busca por ajuda. Essa afirmativa evidencia a falha constitucional quanto a prevenção do primeiro, bem como a perceptível necessidade de maior mobilização social, midiática e governamental, visando o bem estar mental daquele que busca no suicídio um fim para a dor psíquica. No entanto, ainda há grandes barreiras que impedem essa transformação. Apesar do constante crescimento do número dos casos, a forma na qual o tema é tratado no contexto atual ainda é decadente. O grande tabu social, a insuficiente intervenção midiática, e a ineficiência dos projetos do governo pouco contribuem para um saldo positivo quanto a prevenção. E, consequentemente, essa decadência do país impulsiona - mesmo que de forma indireta - uma preocupante ampliação nos números de mortes associadas ao ato em questão. A problemática do suicídio é, definitivamente, um tema que requer importantes debates em busca de soluções, porém ainda é controverso e pouco abordado, o que acaba por provocar aumentos nos números de casos ocorrentes. Nessas circunstâncias, é de grande importância que se promova maior envolvimento social e político, com a mídia incentivando maior engajamento do povo no assunto, e projetos públicos realmente competentes visando incitar pessoas com potenciais suicidas à busca por ajuda profissional, para que assim as Hannahs da vida real possam viver bem e saudáveis.