Título da redação:

Epidemia silenciosa

Tema de redação: A questão do aumento de casos de suicídio no Brasil

Redação enviada em 05/10/2017

O suicídio constitui-se em uma injustiça praticada contra si mesmo, uma vez que se extingue com o único bem verdadeiramente certo que se tem, a vida. Contemporaneamente, observa-se o aumento dos casos desse ato na nação brasileira. isso tem suas raízes no fato de ainda ser um assunto vedado pelas pessoas, bem como ser consequência de desejos e ambições, suscitados pela sociedade, que não são alcançados. É relevante abordar, primeiramente, que o suicídio ainda é visto por muitos como tabu. Sendo assim, mostra-se um assunto evitado nas conversas familiares e nas escolas por motivo de vergonha, medo da condenação ou ser considerado sinônimo de loucura. Aliás, para muitos falar desse tema é incentivar, porém essa visão, muitas vezes, é equivocada, pois silencia ainda mais as discussões acerca dessa problemática tornando difícil o combate ao problema. Em vista disso, a campanha "Setembro Amarelo", que visa alertar a população a respeito da realidade do suicídio, e é de grande valia, pois põe esse assunto em debate na população. Paralelo a isso, é importante ressaltar o papel impositor que a sociedade capitalista impõe sobre o indivíduo. O desenvolvimento da indústria fortalece o desencadeamento de almejos e a busca desenfreada por conquistas, o que, consequentemente, favorece a ampliação das taxas de suicídio. Além disso, segundo o filósofo Émile Durkheim em sua obra "O suicídio", quando a nação é perturbada por crises ou mudanças repentinas, a pressão moral perde forças e os indivíduos não se ajustam as suas posições, há o crescimento do sofrimento levando ao autoextermínio. Evidencia-se portanto, que os casos de suicídio têm se ampliado por ser uma questão pouco abordada e pela coercitividade do corpo social e exterioridade para com os indivíduos. Diante disso, faz-se necessário o controle dessa situação. Para isso, é imprescindível que as escolas tratem a problemática de maneira responsável e social, visando sua prevenção por meio de palestras, workshops e debates, com a parceria de profissionais qualificados, mostrando que esse assuntos devem deixar de ser um tabu e seja encarado como um problema de saúde que precisa ser tratado. Ademais, cabe ao governo estadual criar programas assistencialistas no SUS, com psicólogos e psiquiatras, para ajudar aqueles que pensam em tirar a própria vida e para os que precisam de ajuda emocional. Somente assim, essa epidemia silenciosa pode ser amenizada.