Em meados do século XIV, a Peste Negra devastou cerca de 1/3 da população mundial. Por analogia, no mundo moderno, o suicídio juntamente à depressão devasta cerca de 800 mil pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse sentido, é nítida sua classificação como epidemia em ascensão, ainda que negligenciada na saúde pública brasileira. Em princípio, a maior causa do ato suicida entre brasileiros é a depressão. Assim como na Antiguidade, onde transtornos psicológicos eram considerados uma anomalia, atualmente estes são vistos como fraquezas. Logo, o individuo portador sente-se inseguro a buscar ajuda, entrando para as estatísticas de brasileiros que tiram a própria vida. Em contrapartida, a população desconhece projetos de prevenção gratuita ao suicídio. Cerca de 70% dos suicidas são desempregados, segundo o Centro de Assistência Tecnológica de Pernambuco. Nesse ínterim, a população brasileira não recorre ao tratamento acreditando ter preço elevado, tal fator somado a pouca prevenção, favorece a concretização do ato suicida. Portanto, é preciso conscientizar os brasileiros sobre a epidemia emergente. Com o intuito de alertar a população, a OMS deve realizar palestras e campanhas em hospitais e escolas, as quais mostrem a gravidade dos transtornos psicológicos. Ademais, o Ministério da Saúde deve criar postos de atendimentos focados no suicídio, para que forneçam tratamentos gratuitos a desempregados e a população menos favorecida. Diminuindo, assim, a ascensão da epidemia moderna no Brasil.