Título da redação:

Epidemia depreciada

Proposta: A questão do aumento de casos de suicídio no Brasil

Redação enviada em 27/09/2017

Na Grécia Antiga, o considerado "Pai da Medicina", hipócrates, foi um dos primeiros nomes da trajetória histórica da epidemiologia, disciplina de saúde da compreensão das doenças na população.Esse estudo no panorama hodierno compõe como um importante instrumento de estudo na área da saúde.Entretanto, há algumas patologias como o suicídio que apesar de colocarem o Brasil como um dos principais índices de ocorrência pela Organização Mundial da Saúde, ainda têm sua gravidade depreciada no mundo real ou no virtual,Dessa forma, é essencial discutir tais intempéries. É imprescindível destacar, de início, a desvalorização da saúde mental.No Brasil, o governo não apresenta a devida atenção a este assunto.Isso porque, diferentemente das diretrizes nacionais para prevenção de suicídio criada em 2006, na prática existem poucos serviços psiquiátricos e psicológicos nas unidades de saúde e não há a devida comunicação sobre o assunto nas mídias ou em campanhas.Ademais, culturalmente há o estigma sobre falar da saúde mental e frequentar um profissional nessa especialidade, o que afasta o paciente de se tratar.Assim há o menosprezo do suicídio e junto seu agravamento no país. Outrossim, o avanço da tecnologia e das redes sociais afetou de forma negativa a população.No pensamento de Zygmunt Bauman sobre a "modernidade líquida" se fala sobre a volatilidade das relações pessoais na atualidade.Este raciocínio se liga ao egoísmo crescente e a falta de atenção ao sentimento do outro.Nesse contexto, associado ao crescimento das tecnologias,o cyberbullying se amplia em que permeiam comentários maldosos em publicações por exemplo.Além disso, há a formação de modelos de beleza inatingíveis na internet em que diversas pessoas ao se sentirem frustadas por serem diferentes podem desencadear depressão e transtornos psicológicos que podem resultar no auto-flagelo.Portanto, a tecnologia se usada incorretamente causa perigosos danos. Fica nítido, portanto, que é necessário a valorização da epidemologia de hipócrates, sobretudo no que tange o suicídio.Nesse prisma, o governo federal precisa adotar maior apoio médico na saúde mental brasileira, com a criação de mais vagas para psicólogos e psiquiatras e fornecê-los cursos específicos para lidar com o autocídio,somado a promover junto com ONGs campanhas contra o cyberbullying e a favor da autoestima no objetivo de diminuir a ocorrência dessa atrocidade.Ademais, a mídia como as redes televisivas podem falar em debates e palestras sobre suicídio e a importância de buscar ajuda profissional para prevenir o preconceito e o auto-flagelo.Com esses atos, essa epidemia será minimizada.