Segundo dados divulgados pela OMS – Organização Mundial da Saúde, cerca de 800 mil pessoas se suicidam por ano. Com base nisso, em meio a tantas questões em relevo na modernidade, o suicídio ganhou destaque na mídia, sobretudo em virtude de um problema bastante presente no cenário nacional: o crescimento do número de indivíduos que tiram as suas próprias vidas. É fundamental, portanto, analisar as causas desse impasse, a fim de propor uma possível intervenção. Sob uma primeira análise, há um aumento dos casos suicida no Brasil. De acordo com o sociólogo Durkheim, o suicídio se encaixa como um ato de anomia social, uma vez que representa a crise interna do indivíduo provocada por fatores externos, a exemplo do bullying e do desemprego. Dessa forma, torna-se evidente que as mazelas da sociedade se encontram totalmente atreladas ao crescimento desse problema, haja vista que potencializam conflitos pessoais que estimulam a tirada da própria vida, como a depressão e o uso de drogas – ambos considerados fortes catalisadores para a autodestruição. De outra parte, o suicídio ainda é visto como um ato de frescura por grande parte dos cidadãos. Segundo a OMS, esse transtorno se tornou uma das principais causas das mortes em todo o mundo, principalmente, entre os jovens e os adolescentes - fato que ratifica ainda mais a gravidade da situação. Desse modo, observa-se uma certa ineficiência nas políticas e programas voltados ao combate dessa problemática, uma vez que é tratada com negligência e não é encarada como um problema de saúde pública em larga escala. Dessarte, nota-se que a autodestruição deve deixar de ser analisada como um tabu, dado que afeta negativamente a saúde da população. Impende, pois, a tomada de medidas para mitigar toda essa problemática, visto que o suicídio se tornou uma das principais causas das mortes no Brasil e no mundo. O Ministério da Saúde, junto ao Ministério da Educação, por meio da contratação de profissionais especializados na saúde mental – como psicólogos e psiquiatras – para as escolas, deve promover debates e palestras sobre a prevenção do suicídio para os jovens, já que são os mais atingidos por esse problema. Com essa proposta – que não exclui outras -, poderá ser reduzido o número de casos desse transtorno e, gradativamente, retirar o Brasil do seu estado de anomia.