Apesar de ser do século XIX, o filósofo Nietzsche abordou o conceito do niilismo, que pode ser relacionado a uma problemática da nossa sociedade: o suicídio. Basicamente, o niilismo é a descrença de valores da sociedade e do sentido da existência. Dessa forma, percebe-se que há um conjunto de fatores socioculturais que resultam na autodestruição e que precisam ser solucionados. O suicídio é resultado, principalmente, da depressão. Esta tem crescido mundialmente e, segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o quinto país com mais pessoas que sofrem dessa doença. Esse mal afeta, sobretudo, a população jovem, visto que é nesta etapa da vida que os jovens buscam referências e contestam diversas visões de mundo. A família é muito importante para criar condições necessárias que garantam uma boa saúde física e mental dos jovens, porém muitos passam por perdas afetivas, violência doméstica, doenças físicas ou mentais que os tornam vulneráveis. Além disso, o suicídio ainda é tabu e banalizado pela população. Muitas pessoas tem a visão de que quem comete tal ato ou tem doenças psicológicas, como a depressão, querem chamar atenção. Dessa forma, ignoram a segunda causa principal de morte do nosso país, segundo a OMS. Em vista disso, a campanha Setembro Amarelo, que ocorre no mundo inteiro, é de suma importância a fim de alertar, discutir e conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio. Portanto, esse fenômeno de autodestruição é considerado um problema de saúde pública que desafia não só os profissionais da saúde, como também os estudiosos das ciências humanas. O governo deve investir e incentivar em mais pesquisas nas universidades e equipes médicas devem receber melhor preparo para lidarem com essa situação. Ademais, debates devem ser incluídos na grade curricular das escolas para que os jovens tenham um espaço que possam se informar e discutir sobre o assunto. Então, a sociedade se tornará mais humana e o suicídio irá cessar.