Usado como forma de protesto na Roma antiga até a desafios como no caso da "Baleia Azul" na Rússia, o suícídio a tempos tem sido um assunto mal compreendido e subestimado. Infelizmente, com o aumento constante dessas estatísticas no Brasil, cria-se a necessidade de discussão do problema, com tônicas na questão do bullying e o próprio despreparo social. As redes sociais, tiveram um importante papel na comunicação entre pessoas, entretanto, potencializou o bullying, antes exercido pessoalmente e com certa dificuldade e hoje está a um clique de distância. Graças a essa facilidade que a rede proporciona, o aumento do cyberbullying é um dos maiores fatores para o jovem se sentir oprimido e atentar contra a própria vida. Há, porém, uma grande dificuldade em identificar essas ações, uma vez que isso ocorre dentro de grupos privados e onde o jovem, sentindo-se envergonhado e até humilhado, muitas vezes prefere não expor o caso. Quando a vítima decide procurar ajuda, preferencialmente dos pais, normalmente há um enorme tabú nessa questão, o que acaba sendo considerado como passageiro ou como uma "coisa de adolescente". Muitas vezes, essa própria dificuldade, ou desconhecimento, tornam-se fatais, afinal é o último recurso utilizado. Além disso, essa questão chega de forma sutil, como uma mudança de humor ou a necessidade de ficar isolado do mundo. Por isso pais, educadores e principalmente profissionais da saúde, devem se preocupar com qualquer mudança e não tentar relativizar como algo banal da idade. Deve-se então, combater fortemente as práticas de bullying, através dos pais fiscalizando a utilização das redes sociais e da própria rede através de algoritmos para detectar e evitar essa ação. Além disso o governo pode criar serviços específicos para este problema dentro do SUS e realizar ações educativas e preventivas, seja na mídia ou dentro dos hospitais para os profissionais da área.