O capitalismo trouxe consigo uma série de mudanças na vida das pessoas, não só em questões salariais, de emprego ou de nível socioeconômico, mas também psíquicas e sociais. O homem-massa, por ter menos acesso a boa escolarização e estar mais sujeito à alienação, não percebe muitas das vezes uma série de padrões impostos que o levam a agir de determinada maneira. A pressão para se encaixar nos moldes a todo custo ou a necessidade de ascensão na carreira de trabalho, por exemplo, proporcionam problemas psicológicos, dentre eles a depressão que é uma das grandes causas de suicídio. Segundo dados do Senado, a taxa de suicídio cresceu 40% entre os brasileiros de 15 a 29 anos nos últimos dez anos. Tendo em vista que o grupo mais afetado são os jovens, cabe salientar que o bullying, a crise de identidade - que é mais frequente nessa época, período em que, geralmente, grandes escolhas como a profissão são feitas – e a necessidade de ser aceito por grupos da sociedade são grandes fatores que podem levar ao suicídio. Entretanto, há uma grande dificuldade em descobrir que uma pessoa pode estar pensando em tal ato, por isso é importante notar sinais como mudanças de humor, uso de drogas e distúrbios de sono e apetite. Quem sofre de tal distúrbio, muitas das vezes tem dificuldade de buscar ajuda, pois há acerca do assunto grandes tabus. Cabe ressaltar que a ajuda de profissionais como psicólogos e psiquiatras, além da força dada pela família é essencial. Por se tratar de um caso de saúde pública, o Ministério da Saúde deve promover não só campanhas que ensinem a perceber o problema e evitá-lo, mas também desenvolver projetos que levem palestras a locais públicos como as escolas. Disponibilize também, gratuitamente, psicólogos, tendo em vista que a população baixa renda é mais afetada, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).