O jogo russo denominado Baleia Azul, que induz jovens a se auto-mutilarem e propõe o suicídio como tarefa final, chamou a atenção do Brasil e do mundo para essa causa. O autoextermínio deve ser considerado um problema de saúde pública, pois tem vitimado inúmeros jovens brasileiros e o número de casos tem crescido de forma assustadora nos últimos anos. É fato que a depressão não escolhe idade, mas os jovens são o grupo de risco quando o assunto é suicídio. Entre outros fatores, a depressão é considerada a principal causa de suicídio no país e a maior incidência entre os jovens é explicada por esses estarem em uma fase de transição e de formação da personalidade. Diferente dos adultos, muitos adolescentes ainda não compreendem a importância de suas vidas e, quando afetados por problemas psicológicos, possuem maior probabilidade de atentarem contra a própria vida. Entretanto, mais preocupante que a incidência do problema entre os jovens é o aumento repentino no número de casos. Vários fatores têm criado o habitat perfeito para o desenvolvimento da depressão e esses estão diretamente associados ao aumento de casos de suicídio no Brasil. Hoje, jovens e adolescentes crescem mais ligados à internet e à escola que a suas famílias devido à correria que é a vida neste século. Logo, o bullying sofrido nas escolas e o falso apoio encontrado nas redes sociais podem transformar o jovem em uma presa fácil para a depressão, tornando-o mais suscetível ao autoextermínio. Fica evidente, portanto, que se atitudes não forem tomadas para frear esse crescimento, jovens brasileiro continuarão morrendo e o país viverá uma epidemia suicida. Nessa luta, é papel das famílias prestarem mais atenção em seus jovens, observando mudanças suspeitas no comportamento e investigando suas causas. Cabe ao Estado adotar medidas de prevenção ao suicídio como a contratação de psicólogos para atender e acompanhar casos de risco nas redes pública e privada de ensino, intervindo quando necessário. Além disso, é interessante que o Estado apoie e invista em campanhas como as do Setembro Amarelo durante todo o ano, para que não haja apenas um mês destinado ao combate do suicídio, mas um país inteiro lutando por essa causa.