Título da redação:

Além do visível

Proposta: A questão do aumento de casos de suicídio no Brasil

Redação enviada em 24/05/2017

Derivada de uma sequência de fatos sociais, segundo Segundo Émily Durkhein, o suicídio torna-se um produto natural da sociedade. Hoje, de acordo com a OMS -Organização Mundial de Saúde, uma pessoa a cada 40 segundos tira a própria vida. Esse dado inclui a participação do Brasil no qual o tema é tratado como tabu e a negligência com a saúde psicológica é o elo direto entre os casos de suicídio da nação ao globo. De início, é importante destacar o silêncio que ronda as discussões sobre o assunto. O tabu, alimentado pela falta de habilidade de discutir e agir da família e de profissionais da saúde, torna as causas do suicídio problemáticas superficiais. Por muitas vezes, casos de depressão e ansiedade são tratados de forma simplória, sendo eles fases passageiras e que não necessitam de grandes esforços para superá-las. No entanto, são esses os grandes catalisadores para as práticas suicidas, já que o homem torna-se vulnerável aos seus próprios pensamentos e atitudes. Ademais, é inegável dizer que a rapidez do cotidiano e as exigências sociais afetam diretamente os cuidados com próprio bem-estar. Esse, nos casos de suicídio, relaciona-se à saúde mental promovida tanto pelo relaxamento quanto pela interação saudável com o meio. Indo contra a tais fatores, o estresse excessivo e a superficialidade dos vínculos afetivos aliado às atividades solitárias culminam, muitas vezes, em problemas existências. Essa situação é, por muitos, combatida pelo uso exagerado de remédios, álcool ou drogas. Assim, a falta de expectativa de vida altera as relações entre o indivíduo e ambiente social, o suicídio passa a ser visto como escapatória. Portanto, fica claro, que a prática suicida vai além das interações do homem com o meio e seus dilemas existenciais, virando caso de saúde pública. Para que haja melhoras, o Governo Federal, em parcerias com prefeituras, por meio de campanhas de conscientização deve colocar em pauta o assunto. Além disso, o Ministério da Saúde e psicólogos, fornecendo atendimentos especializados, precisam dar apoio e humanizar a interação entre as famílias e os pacientes com depressão, por exemplo. Por fim, as próprias comunidades e ONGs podem criar grupos de interação a fim de minimizar a solidão e até mesmo discutir, com empatia, as causas e reflexos do suicídio.