Emma Bovary, do romance "Madame Bovary", por não encontrar a felicidade e por sofrer com a pressão social devido à busca por ela, opta pela morte voluntária. Fora da literatura não é diferente, pois o suicídio é um problema mundial com causas multifatoriais, sendo algumas delas a depressão e o absurdo da condição humana. Nesse sentido, é necessária a elaboração de medidas interventivas eficazes para minimizar essa questão. Primordialmente, é importante ressaltar a correlação entre a depressão e o suicídio. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um dos principais fatores que fazem com que uma pessoa tire a própria vida são os sintomas ocasionados pela depressão. Nessa perspectiva, uma das formas mais eficazes de prevenir tal prática seria tratando a depressão, fato que é negligenciado devido a falta de profissionais especializados no assunto. Outrossim, destaca-se o absurdo da condição humana, retratado na obra "O Mito de Sísifo", do escritor e filósofo argelino, Albert Camus. Segundo ele, ao se deparar com a indiferença do mundo, o ser humano encontra-se em um estado de absurdo, já que perde o significado e sentido da vida, condições que, interpretados à luz da OMS, também contribuem para o suicídio. Dessa forma, é preciso estimular a criação de significado e propósito para a vida. Fica evidente, nesse cenário, a importância do Estado frente a essa questão. É preciso que o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, contrate mais psicólogos e psiquiatras, para que pessoas com depressão recebam o tratamento adequado e, por conseguinte, não cometam o suicídio. Além disso, urge que as instituições de ensino, por meio de debates e palestras, forneçam o repertório filosófico necessário para que o indivíduo seja capaz de criar seu próprio significado. Assim, as mortes voluntárias provavelmente diminuíram.