Durante séculos da nossa história, por razões religiosas, morais e culturais, o suicídio foi visto como um tabu, um pecado. Com os avanços tecnológicos, a medicina e a psicologia deram um novo olhar a esta área, o que antes era pecado, passou a ser problema de saúde pública. O professor da Unicamp, Neury Botega, afirma que "o suicídio é um fenômeno complexo o bastante para não suportar uma explicação simplista, uma causa e um efeito". Não se podem atribuir culpados, contudo deve-se buscar a solução. Ademais identificar as causas, tais como: depressão, "bullying", ansiedade, desespero, desamparo e tantas outras que são reconhecidas pela OMS é um dos passos que devem ser dados. Apesar dos avanços na psicologia, muitos insistem em continuar na ignorância e no preconceito, persistem na ideia de que "quem diz que vai se matar só quer chamar a atenção", desconstruir esses conceitos é preciso para que o suicídio seja visto como um verdadeiro problema de saúde pública. Para isso a mídia deve estar a disposição da sociedade, realizar campanhas, divulgar pesquisas, deve demonstrar que o Brasil é o oitavo país com mais suicídios no mundo, segundo a OMS. Dados como esses farão cessar a desinformação no Brasil e contribuir para a amenização dessa forma de preconceito. Como resultado, pessoas são vítimas desse problema todos os dias, a sociedade não deve exclui-los, mas deve fazer com que o grito de socorro ecoe a todos, permitindo o tratamento. O conhecimento, difundido através da mídia, pode contribuir para a desconstrução de ideias sobre o pensamento suicida e fazer com que esse tabu seja expulso da nossa sociedade. Falar é a melhor solução.