Título da redação:

A epidemia silenciosa e incompreendida

Proposta: A questão do aumento de casos de suicídio no Brasil

Redação enviada em 22/04/2017

O suicídio, em sua forma mais ampla, é o ato de provocar algo intencionalmente que resulte na morte do praticante. Avalia-se que esta seja a segunda principal causa de morte em indivíduos de 15 a 29 anos de idade, podendo ser associado principalmente a doenças psíquicas como esquizofrenia, vícios e, principalmente, depressão. Os motivos que levam à prática de tal atrocidade devem ser discutidos e amenizados imprescindivelmente, bem como a divulgação de modos de prevenção. A depressão em jovens é superestimada, levando-os, muitas vezes, a não adquirirem a ajuda necessária para solucionarem o que quer que estejam passando. Voltaire, filósofo iluminista francês, propunha que o suicídio não seria uma loucura, contudo, não seria feito no ápice da razão. Tal citação leva-nos a compreender que o autoextermínio seria uma decisão tomada em plena sanidade, entretanto, cometida em um momento irracional, especialmente pela referida falta de acompanhamento adequada. Indivíduos de todas as idades precisam ter a segurança de que existem formas de conseguir ajuda, sobretudo, o acompanhamento psicológico. Todavia, existem outros recursos pouco explanados, como o centro de preservação da vida, onde o jovem recebe aconselhamento urgente através de uma central de telefones. Para tentarmos entender o raciocínio dos praticantes, devemos analisar o que os persegue. Sendo vista como a principal causa, a depressão assombra muito mais do que imaginamos. Já que o assunto é considerado tabu, a dificuldade na admissão do problema e na busca por ajuda é imensa e tornando tal doença tida, muitas vezes, como sinônimo de “vitimismo” ou carência. É necessário que compreendamos que o meio de vida do padecente é o maior influenciador na decisão, e que a forma que se é tratado é crucial para o bem estar. O que ocorre, porém, é a falta de empatia e o desejo de ser superior, fazendo crescer também o sentimento de vazio e a baixa autoestima, visto que não se pode estar no topo sempre. Visto os sentimentos que levam a tal barbárie e as possibilidades de busca por ajuda, concluímos a primordialidade de uma parceria entre familiares, que deveriam se encarregar de dispor o melhor a seus próximos e crerem em seus problemas, e programas sociais, que deverão divulgar toda e qualquer forma de ajuda e prevenção à vida, para que todos sejam bem assegurados e apoiados, tanto por pessoas de seu convívio, quanto por órgãos públicos.