A colonização do Brasil foi feita de modo heterogêneo devido a diversos fatores, como a plantação de cana de açúcar no litoral, a pecuária no interior, deixando diversas áreas a mercê de pouco desenvolvimento. Ao longo do tempo esse fator foi influenciando diversas desigualdades sociais, áreas menos favorecidas e esquecidas pela sociedade, milhares de pessoas sem acesso a um ensino de qualidade. O analfabetismo funcional já alcançou 13 milhões de brasileiros, devemos dar a devida atenção, pois reflete a situação de nosso país como um todo. Em primeiro lugar, jovens prodígios sem uma base de ensino de qualidade e sem reconhecimento são apagados todos os anos, marginalizados e esquecidos pela sociedade. Fica claro, dessa maneira, que algumas áreas precárias necessitam apoio e investimento maior em escolaridade básica. Por outro lado, um grande problema em áreas que já apresentam um índice bom de desenvolvimento escolar é o desinteresse muito grande de jovens, não valorizam o ensino e mal sabem que isso ajudará a crescerem profissionalmente e se incluírem melhor nessa sociedade desigual. Consequentemente, existe um paradoxo a falta de mão de obra especializada e pessoas formadas em nível superior em um mercado saturado com uma base fraca de escolaridade. Atualmente, existem diversas possibilidades de realizar um ensino superior, nem sempre de qualidade, porém ainda é visto pela sociedade quem realiza o ensino superior está com a “vida garantida” e isso é um equivoco. O problema é a base educacional fraca, sem ela se torna difícil realizar as outras etapas. Todavia, o Ministério da Educação anda investindo em tecnologias de informação, portais educacionais, educação a distancia (EAD), mas nem sempre acessíveis a diversos lugares devido falta de informação internet não solucionando o problema. Fica claro, portanto, medidas devem ser realizadas para resolver esse impasse tão grande. Como o filósofo Immanuel Kant dizia: “ O homem não é nada além do que a educação faz dele”. A educação é a raiz do problema, ela é vista como um meio de inclusão social e não deve ser deixada de lado. É importante que o Ministério da Educação não invista somente em EAD ou portais educacionais se muitos não tem acesso, dessa maneira medidas mais eficazes como campanhas educacionais com o próprio apoio da mídia, materiais de qualidade, escolas capacitadas, inclusão da tecnologia como meio de incentivo ao aprendizado, contratação de professores capacitados a ajudarem de maneira mais correta esses jovens e encaminha-los para um futuro mais próspero, também é fundamental o papel da família nesse quesito de apoio e inserção desse jovem no meio educacional.