Título da redação:

O analfabetismo funcional no Brasil: Docentes motivados alunos bem formados

Proposta: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 30/08/2017

O analfabetismo funcional no Brasil: Docentes motivados alunos bem formados É inquestionável que a questão do analfabetismo funcional no Brasil representa um reflexo do atual cenário da educação do pais. Os números são alarmantes, segundo dados do Instituo Paulo Montenegro, em 2005 as pesquisas indicaram que apenas 26% da população brasileira consegue ler e escrever plenamente. Dentre tantos fatores relevantes para a temática, pode-se destacar, não só falta de investimentos públicos na área de formação de docentes, como também a cultura de desvalorização dos professores. Sabe-se que, embora nos últimos anos o governo tenha estimulado a criação e ampliação de cursos de licenciaturas, ainda evidencia-se déficits quantitativos e, especialmente, qualitativos na formação destes profissionais. Taís déficits são resultantes da baixa procura dos jovens por cursos de licenciatura, conforme pode-se verificar nos números do ENEM, onde comumente verificam-se as maiores notas de corte nos cursos de medicina, engenharias e direito, bem como o modelo de educação superior ofertado em grande parte das universidades, ainda voltado para uma cultura tecnicista, não considerando aspectos pedagógicos essenciais na formação destes mestres. Essa formação inadequada potencializa o fenômeno do analfabetismo funcional, a medida e que os critérios utilizados nas aulas e avaliações não estimulam a aprendizagem significativa. Essa baixa procura é reflexo direto da cultura de desvalorização profissional do professor que ainda prevalece no Brasil. Estes profissionais são mal remunerados e geralmente tem uma carreira que não garante uma remuneração digna, fazendo como que muitos sejam submetidos a trabalhar três turnos para fins de sustento familiar. Nas salas de aula, quase sempre, não são oferecidas as condições mínimas para uma boa aula, e ultimamente, tornaram-se cada vez mais frequentes os casos de violência ao professor, principalmente na rede pública de ensino. Neste contexto, o profissional sente-se cada vez menos motivado, o que acaba atingindo os alunos, que muitas saem das escolas certificados, contudo, com dificuldades de interpretar textos simplistas e limitações na prática da escrita. Diante do exposto, evidencia-se a necessidade de valorização profissional dos professores, através da reforma da lei que trata do piso dos professores do Brasil, aumentando os salários por meio de aumento de impostos das grandes empresas, bem como relocando recursos públicos de setores menos essenciais, como os gastos com propaganda, e ainda o enxugamento dos altos salários referentes a cargos comissionados. Ressalta-se ainda que o MEC deve estimular a uma melhor formação didática do docente, reformulando currículos dos cursos de licenciaturas, fazendo com estes profissionais tenham uma melhor formação pedagógica, que possibilitará formações de jovens mais capacitados para a prática da leitura e interpretação de textos.