O Brasil ganhou destaque nas últimas décadas, devido ao seu crescimento econômico que o colocou no grupo dos países emergentes, ou seja, teve um bom desempenho estrutural nos últimos anos. Apesar desse reconhecimento, o país apresenta graves problemas institucionais, em se tratando de educação, gerando um número alarmante de analfabetos funcionais, que ocorre a partir de uma educação precária e pela desistência dos estudos, feita por alguns, para outros fins. As dificuldades em resolver operações matemáticas cotidianas e interpretar textos estão presentes na vida de uma parcela dos brasileiros. Essa defasagem no aprendizado advém de um sistema de ensino que não supre as necessidades básicas para um bom desenvolvimento intelectual. Em uma pesquisa, feita pelo Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes, avaliou-se o nível de educação em setenta países, o Brasil ficou em quinquagésimo nono no quesito leitura e sexagésimo sexto em matemática. Tais dados confirmam o baixo rendimento no sistema educacional brasileiro. Somado a isso, o número de pessoas que não terminam os estudos, para exercerem outras tarefas, também entram nesse grupo de brasileiros com atraso de ensino. O abandono do colégio ou a não entrada está relacionado ao indivíduo ter que ajudar no sustento da família ainda criança. Regiões Norte e Nordeste do Brasil apresentam uma forte mão de obra familiar em suas atividades econômicas e são nesses locais os maiores índices de analfabetismo funcional. O Ingresso precoce no mercado de trabalho aliado ao abandono dos estudos, atrapalha o desenvolvimento intelectual do jovem. Sendo assim, o problema na alfabetização brasileira é confirmada a partir da não realização de operações simples e não compreendimento de textos, por parte de alguns brasileiros. Para diminuir o número de analfabetos funcionais, os professores, das redes escolares, devem aplicar avaliações interdisciplinares aos alunos, abordando os temas novos junto com os conhecimentos básicos, a fim de relembrar alguns conceitos e fixar o aprendizado. Além disso, o Ministério da Educação pode aumentar os trabalhos voltados para o ensino de jovens e adultos que deixaram de estudar, reservando salas de aula e professores a essas pessoas. Assim, teremos pessoas intelectualmente mais desenvolvidas e o país crescerá ainda mais.