No livro “A evolução das espécies”, de Charles Darwin, há a exposição de que o mais bem adaptado sobrevive ao meio. Analogicamente, destaca-se , na sociedade capitalista, aqueles que possuem maior escolaridade, sendo os analfabetos e analfabetos funcionais marginalizados na vida profissional, sendo esse problema a consequência de uma cultura implementada desde a colonização do Brasil- de caráter retrógrado e inercial, a ser combatido. “A priori”, é válido salientar que o elevado índice de iletrados é o reflexo de um sistema de ensino ineficaz. Como Einstein disse, em sua teoria da Lei da Inércia, que um corpo tende a permanecer em seu estado natural se nenhuma força for aplicada sobre ele, assim é a a questão do analfabetismo funcional, uma vez que as escolas- que deveriam proporcionar uma aprendizagem eficiente priorizando os alunos com dificuldades, simplesmente passam por cima de sua real conduta para que o indivíduo tenha o certificado de conclusão do curso. Desta forma, acaba gerando profissionais desqualificados que enfrentarão dificuldades no mercado de trabalho. Ademais, a mecanização do ensino gera cidadãos alienados perante a sociedade. Desde o processo de catequização dos ameríndios, efetuado pelos jesuítas, o ensino religioso manipulava os nativos para que deixassem sua cultura. Já no Brasil do século XXI, as escolas mecanizaram o ensino para que os alunos passem no vestibular-uma vez que é por meio disso que dá-se a entrada nas universidade, cobrando conhecimentos objetivos e não viabilizando os aspectos socioculturais e a construção de cidadãos. Assim, torna-se fácil a manipulação dos indivíduos- como no Brasil colônia, já que há carência de ensinar os alunos a pensarem por si mesmo. Destarte, como meio de solucionar a problemática, é preciso que a população e o Governo atuem em conjunto. Logo, é viável que o MEC reformule o sistema de ensino de modo que o aprendiz com dificuldades receba atenção especial para que o número de analfabetos funcionais diminua. Além do mais, é preciso que as instituições escolares criem oficinas de leitura ou redação, promovendo o debate de opiniões sobre os livros, para que haja a indução do aprendiz a formular ideias sozinhos. Somado a isso é mister que o Poder legislativo mude o processo de entrada na universidade, erradicando os vestibulares e promovendo a análise da vida escolar, assim como é feito nos Estados Unidos, para que assim possa prevenir o analfabetismo funcional.