" O ser humano é aquilo que a educação faz dele". Na célebre frase de Immanuel Kant, é notória a importância da educação na vida dos cidadãos. Hodiernamente, a questão da alfabetização é refletida também no desenvolvimento econômico e social de um país , já que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) utiliza como um dos critérios a qualidade da educação e o percentual do PIB investido nessa área. No Brasil, a analfabetização é uma realidade a ser enfrentada , visto que muitos dos brasileiros saem das escolas sem conseguirem interpretar e compreender textos, caracterizando um analfabetismo funcional, questão alarmante e amplamente discutida no país. Segundo dados do site Administradores.com.br, dos brasileiros que concluíram o nível superior, menos de 70% possuem aptidão na produção e interpretação de textos. Com isso,muitos alunos finalizam as faculdades sem a devida alfabetização, sabendo apenas ler e juntar algumas palavras, porém, com deficiência na interpretação de conclusão de textos. Nesse ínterim, tanto a precariedade na infraestrutura das escolas , como nos investimentos atribuídos a educação, refletem na formação falha do indivíduo. Somado a isso, a concentração industrial urbana, decorrentes de um processo civilizatório baseado nos ciclos econômicos coloniais, concentram na região Sudeste e Sul a maior parte da população , industrialização e as menores taxas de analfabetismo funcional. Conforme o mapa da taxa de analfabetismo funcional do ano de 2011, disponível no site R7, as menores porcentagens de analfabetismo funcional no Brasil pertencem a região Sudeste e Sul, enquanto as regiões Norte , Nordeste e Centro-Oeste possuem as maiores porcentagens. Torna-se evidente, portanto, que o analfabetismo funcional deve ser enfrentado, pois a educação é essencial na formação de indivíduos com opiniões e a devida preparação para a vida em sociedade para que não sejam manipulados por visões alheias. Nesse contexto, para minimizar as falhas na formação dos indivíduos, é necessário maiores investimentos por parte do Governo Federal na qualificação dos professores e na valorização de tais profissionais , com maiores aplicações de verbas para melhorar a infraestrutura das escolas e os salários dos professores. Conforme o conceito da inércia um corpo tende a permanecer no estado que está até que uma força atue sobre ele, então enquanto os investimentos na área da educação não forem priorizados , a situação não mudará. Além disso, pra incentivar os alunos a almejarem uma educação completa e formadora seria interessante as escolas juntamente com o governo promoverem programas incentivando a ciência e o conhecimento, com bolsas de estudos para os melhores alunos e feiras de literatura ,propondo o compartilhamento de ideias e interpretações , incentivando os alunos a pensarem e debatem sobre diversos temas. Assim, os alunos sairiam das escolas não apenas sabendo ler e escrever mais com um uma bagagem cultural extensa e capacitados para o mercado de trabalho e a vida social.