Formado para não entender Interpretar, organizar e aplicar informações são alguns dos principais propósitos do processo de aprendizagem, entretanto, o Brasil está longe de alcançar esses objetivos, pois, segundo o IBGE, o número de analfabetos funcionais cresce na mesma proporção que o acesso à escolaridade, evidenciando assim, que o problema está associado a como o aluno está aprendendo e sendo avaliado. O acesso a informação cresceu vertiginosamente após o advento de computadores e celulares, porém, o uso dessas tecnologias dentro de ambientes de ensino aumenta os desvios de atenção dificultando o aprendizado. além disso, a exposição à luz emitida por esses aparelhos momentos antes de dormir, afeta negativamente a qualidade do sono e consequentemente a concentração em sala de aula. Outro traço que contribui para a formação de analfabetos funcionais é o modelo de avaliação adotado nas escolas brasileira, pois medem quase que exclusivamente a capacidade de memorização do aluno, ignorando valências importantes como a interpretação interdisciplinar e a aplicação do que foi ensinado. Mostra-se imprescindível, portanto, a contribuição da mídia, oferecendo peças publicitárias de conscientização do uso adequado de tecnologias alertando sobre possíveis riscos a saúde, e do Ministério da Educação promovendo, em conjunto com as escolas públicas e privadas, projetos inovadores para otimização das avaliações, melhorando a qualidade do ensino, promovendo assim um aprendizado mais substancial à população brasileira.