Analfabeta funcional é considerada a pessoa que sabe decifrar os códigos da língua, mas não consegue associar a junção de palavras em um texto, ou seja, possui problema na interpretação. Esse é a dificuldade de 75% da população brasileira de acordo com o Inaf - Indicador de Analfabetismo Funcional, todavia, o IBGE indica um índice de analfabetismo do país de 8,7%, essa adversidade de informações pode ser explicada pela desabituação de leitura da população brasileira e pela intensa virtualização do mundo. Sobre esse tema, Mario Quintana certa vez disse: "O verdadeiro analfabeto é aquele que sabe ler, mas não lê." A prática da leitura auxilia na ampliação do vocabulário, no conhecimento da língua e, principalmente, na interpretação de texto. Contudo, infelizmente, o Brasil não é um exemplo de leitores, não se vê, por exemplo, nas famílias do país imagens como nos filmes americanos onde o pai lê seu jornal durante o café da manhã para saber das notícias. É mais comum que as crianças brasileiras vejam seus pais assistindo o noticiário na televisão para se conscientizar das atualidades.Ou seja, é disseminada uma cultura de não leitura no país, o que dificulta o processo de prática para aperfeiçoamento do alfabetismo. Outrossim, é a virtualização dos livros, jornais e de praticamente tudo. No passado, a leitura era a única forma de aprendizado, atualização sobre notícias do mundo, de se saber uma história, um passa-tempo para os dias de chuva. Hoje em dia, pelo contrário, no ramo de aprendizado encontramos diversos aplicativos de celulares, vídeo-aulas, resumos facilitados disseminados pela internet e os célebres "áudio-books". Como noticiário temos programas televisivos, rádios, vídeos, jornais online que lançam manchetes em seu e-mail, resumindo e explicitando somente o necessário. Já para os dias chuvosos, fica reservado para as crianças o celular, com jogos, músicas, vídeos, filmes e séries. É evidente que, atualmente, a leitura de um livro e de artigos completos, mesmo que online, é para ultima instância. Infere-se, portanto, que o analfabetismo funcional pode ser intensificado pela falta de leitura, que é acentuada pela virtualização. Para correção desse infortúnio, deve-se criar um hábito de leitura nas crianças desde cedo, para isso, o Ministério da Educação deve desenvolver um projeto, juntamente com pedagogos, com disponibilização de livros de leitura facilitada e incitação ao alfabetismo precoce, deve-se orientar corretamente os profissionais de ensino, para que esses estejam habituados ao ensino precoce de leitura, e tornar obrigatório tal estímulo nas instituições pré escolares brasileiras. Esse órgão público deve, também, influenciar, através de propagandas, a sociedade e, principalmente, pais e futuros pais a ler livros para seus filhos desde muito pequenos, como forma de instigar e encorajar o interesse por livros e histórias e, consequentemente, por leitura.