Título da redação:

Educação sem qualidade gera analfabetismo funcional

Proposta: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 01/10/2017

O analfabetismo funcional está dentro de um contexto histórico cultural no Brasil, o qual causou o contrates de graduados com severas limitações na interpretação e produção textual. É necessário rever as políticas educacionais adotadas até hoje, que objetivaram números e não qualidade. Esse contexto é o da democratização da educação no Brasil, no qual passa a ser lei que toda criança tenha acesso à educação básica, mas na prática faltam professores qualificados e escolas para atender a gigantesca demanda. Diante disso, para cumprir com a lei, as escolas públicas aceitavam como professores pessoas sem diploma ou qualquer preparo pedagógico, mas que apresentassem “notório saber”, o que era mais indicação de alguém influente do que outra coisa. Dessa forma, o ensino básico desenvolveu-se para evitar as penalidades da lei e não como formar de libertar o aluno da ignorância. Para mudar esse cenário, o Governo Federal, junto do Governo Estadual, facilitou o acesso à cursos de licenciatura, por meio de programas como o PARFOR (Plano Nacional de Formação da Educação Básica), o qual garante vagas em universidades para profissionais sem diplomas que já atuam na educação pública. Contudo, o PARFOR estabelece condições “especiais” ao formando, como por exemplo, as disciplinas que seriam ministradas em um semestre ou um ano, são realizadas em uma semana, formando, desse modo, um professor no papel e sem o conteúdo necessário. Esse profissional tão logo buscará números e não qualidade, assim como aprendeu na universidade. Este círculo vicioso acaba contribuindo para o analfabetismo funcional, que é justamente o indivíduo que passou por um banco de escola, pode até conquistar o diploma, mas não é capaz de ler e escrever um texto simples. Portanto, diante desse histórico, o Estado deve buscar, enfim, a qualidade. Para isso, o Ministério da Educação (MEC) poderia definir o ENEM como prova obrigatória para o alcance do diploma de Ensino Médio, estipulando uma nota alto o bastante nas provas de Redação, Linguagens e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias, para garantir, assim, a qualidade. Em segundo lugar, com o intuito de tornar a profissão de professor mais atraente e acabar com o déficit de professores, o governo federal deve estabelecer um piso salarial maior aos professores. E por fim, O PARFOR deve ser repensado, revendo as condições “especiais” não condizentes com o objetivo principal, capacitar profissionais para a educação com qualidade.