No livro de João Guimarães Rosa, o personagem Fabiano e sua família têm dificuldades de interagir com o mundo exterior em virtude de viverem num ambiente de miséria e da falta de acesso à educação. Assim como Fabiano, o analfabeto funcional também apresenta complicações ao relacionar-se com o mundo e fica refém de sua própria realidade. A taxa de alfabetização é usada para medir o índice de desenvolvimento humano de um país (IDH) por estar diretamente relacionada com a qualidade da educação. No Brasil, essa taxa está mascarada por trás do analfabetismo funcional, o qual não é contabilizado apesar de também ser um indicador de uma má qualidade na educação. Esse problema atinge três quartos da população, causando uma enorme restrição a suas vítimas pois elas não possuem o domínio da leitura, sendo esta um meio de adquirir conhecimento e ter acesso a informações. Ou seja, os analfabetos funcionais ficam às margens da sociedade e podem ser enganados facilmente quando se trata de contratos escritos ou notícias de jornal. Assim, esse problema não só é ruim para suas vítimas, mas também para o desenvolvimento da nação, uma vez que isso implica na formação de profissionais qualificados e, consequentemente, no mercado de trabalho. Portanto, os analfabetos funcionais ficam sujeitos a atividades de baixa remuneração. Em suma, mitigar o analfabetismo funcional é uma meta de longo prazo e exige grandes esforços do governo para investir mais em educação. Uma solução é o governo disponibilizar cursos de português para adultos e divulga-los através de propagandas na televisão afim de alcançar o maior número de pessoas possível.