Consoante a Lavoisier: “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. No contexto atual, é visto uma evolutiva transformação no combate à questão do analfabetismo funcional no Brasil. Entretanto, apesar de tal evolução, alguns problemas, como a falta de incentivo à leitura e o descompromisso coletivo com a própria educação, remanescem na sociedade contemporânea, caracterizando, dessa forma, uma mazela que exige o ponderamento de medidas sociais e políticas para a retomada do bem comum. Ao longo da pré-história o homem percebeu que se alimentar de plantas era muito mais cômodo do que ter que utilizar estratégias de caça para sobreviver. Assim como no passado, o comodismo é um dos fatores que mais influenciam a efetiva produtividade educacional do país, pois, após tantos anos submetida à condições precárias de educação, a população se acostumou a aceitar passivamente a maioria dos ideais difundidos para ela, o que caracteriza, desse modo, um fator cultural que tem como consequência o comprometimento de todas as relações civis, afinal, segundo Immanuel Kant: “uma sociedade é aquilo que a educação faz dela”. Além disso, deve-se analisar a falta de leitura como uma das forças motrizes para a acentuação da escassa proficiência na compreensão textual e na escrita do povo brasileiro. É notório que nas últimas décadas o governo consolidou uma educação básica de qualidade para mais da metade da nação. Todavia, é igualmente visível que a grande maioria que participou desses projetos não recebeu o devido acompanhamento após o término dos cursos oferecidos, o que acarretou na atrofiação das recentes habilidades desenvolvidas, bem como na formação de uma nova geração de leitores que apenas decodificam os textos sem se preocupar com a ideal absorção das informações que estão contidas nesses. Conforme Francis Bacon: “a consciência é a estrutura das virtudes”. Perante tal excerto, é visto que tal realidade nefasta pode ser alterada. Para isso, a atuação do Ministério da Educação é fundamental, mediante o constante incentivo ao exercício da leitura e da escrita eficaz através de atividades de interpretação de texto realizadas em escolas ou meios virtuais, no intuito de promover um continuo treinamento das habilidades intelectuais que o meio social exige. Por fim, também se faz necessário que a própria população se auto-conscientize e busque cada vez mais, e de modo independente, se engajar e selecionar adequadamente as informações que irão reproduzir, a fim de, dessa forma, se alcançar tanto uma autenticidade nas opiniões dos indivíduos, como também a solução da problemática do analfabetismo funcional.