Título da redação:

As causas do analfabetismo total e funcional no Brasil

Tema de redação: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 14/08/2017

Apesar da redução de 4,3 pontos no índice de analfabetos no período de 2000 até 2014, conforme pesquisa divulgada pelo IBGE em 2014, o Brasil ainda possui um elevado número de pessoas que não são analfabetas, mas possuem dificuldades interpretativas e de produção básica de texto, os chamados analfabetos funcionais. Em primeiro lugar, verifica-se que a má estrutura do ensino fundamental e médio causa problemas educacionais básicos aos alunos que irão ingressar no ensino superior, que, muitas vezes, não possuem capacidade interpretativa básica para o desenvolvimento de atividades simples, como interpretar um problema ou escrever um breve relatório. Assim, apesar de serem considerados alfabetizado, entram no número de analfabetos funcionais. Também é importante destacar que as diferenças sociais e de acesso ao ensino pelas regiões do Brasil influenciam diretamente no índice de analfabetismo total ou funcional. O nordeste, por ser uma região menos desenvolvida comparada com grandes centros urbanos, possui uma maior dificuldade no acesso ao ensino. O IBGE, em 2012, realizou uma pesquisa e teve como resultado a disparada da região nordestina como a líder no índice de analfabetismo. Nessa mesma pesquisa, foi constatado que a região também liderava o número de analfabetos funcionais com quase 31%, o número elevado compreende mais do que o dobro da região sul que contava com aproximadamente 15%. Nesse mesmo sentido, é possível verificar que a idade também influencia no analfabetismo ou no analfabetismo funcional. As diferenças tecnológicas, de infraestrutura e até mesmo de locomoção influenciaram no acesso ao ensino para a classe mais idosa, uma vez que, atualmente, é mais fácil ter acesso a uma escola do que há 40 anos atrás. Portanto, é mais fácil verificar o maior nível de analfabetismo na população mais idosa, e que quando são alfabetizados, não conseguem interpretar textos simples, mas tão somente escrever o nome ou ler com muita dificuldade. Diante do exposto, é necessário o investimento nas camadas mais básicas da escola para corrigir problemas iniciais. Também deve haver investimento para a diminuição de diferenças sociais e de acesso ao ensino nas regiões brasileiras sem desprezar os idosos para que se possa diminuir o número de analfabetos totais e funcionais no Brasil.